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Tibet ergue sua primeira estátua de Mao, a maior da China

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A região autônoma do Tibet exibe a partir desta segunda-feira (17) sua primeira estátua do ex-presidente Mao Tsé-tung (1893-1976), artífice da invasão chinesa em 1951, que é a maior em toda a China, informou a agência oficial “Xinhua”.

A estátua – de 7,1 metros de altura, com um pedestal de 5,16 metros e pesando 35 toneladas – chegou há um mês a Gonggar, cem quilômetros ao sul da capital, Lhasa, depois de uma viagem iniciada na província de Hunan. Apenas hoje os operários começaram a levantá-la na Praça Changsha.

“Tem um grande significado porque se trata da primeira estátua de Mao Tsé-tung no Tibet”, disse à EFE Wang, um funcionário do Governo do distrito de Gonggar.

Changsha, capital de Hunan, a província originária de Mao, doou um total de US$ 812.500 para a construção e transporte da estátua, segundo o subdiretor do distrito, Feng Conglong, e faz parte de um programa de ajuda às áreas rurais.

“Muitos tibetanos sugeriram que deveríamos ter uma estátua do presidente Mao para mostrar nossa gratidão aos cidadãos de sua província quando planejamos a construção da praça”, disse Daindar, subsecretário do Partido Comunista em Gonggar.

A agência oficial descreve como “milhares de cidadãos se reuniram em volta da estátua em sua chegada no princípio deste mês, alguns levando um tradicional lenço branco tibetano para as benções”.

Segundo a versão oficial da China, o presidente Mao e seus camaradas libertaram de forma pacífica o Tibet em 1951 e deram início a uma reforma para abolir milhares de anos de servidão sob a teocracia budista.

A estátua de Mao está preparada para resistir a raios e terremotos: “Para proteger a estátua, acrescentamos um pára-raios e reforçamos a base, para que o presidente Mao possa resistir a terremotos de até 5,5 na escala Richter”, informou Daindar.

As tropas comunistas ocuparam o Tibet em 1951. Em 1959, houve uma revolta popular tibetana que terminou com a fuga do Dalai Lama, seu líder espiritual e religioso, para a Índia.

Seis anos depois, em 1965, Pequim declarou oficialmente o Tibet como região autônoma dentro da China, um status ao qual se opõe a maioria de tibetanos no exílio, os quais exigem o retorno do Dalai Lama e a recuperação da independência para a região.


EFE

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