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Sunitas exigem justiça por vítimas de estupro no Iraque

Clérigos árabes sunitas iraquianos exigiram hoje que seja feita justiça pelas mulheres que denunciaram terem sido agredidas sexualmente por integrantes das forç

Clérigos árabes sunitas iraquianos exigiram hoje que seja feita justiça pelas mulheres que denunciaram terem sido agredidas sexualmente por integrantes das forças de segurança do Iraque, dominadas por árabes xiitas. Ao mesmo tempo, líderes de grupos insurgentes sunitas pediram vingança.

Na mesquita de Abu Hanifa, principal santuário sunita do Iraque, o xeque Samir al-Obeidi denunciou que as acusações mostram que "brutais violações dos direitos humanos" estão manchando uma operação de segurança realizada em Bagdá e exigiu que as mulheres da capital sejam tratadas com respeito pelos integrantes das forças de segurança. "Nada de prender mulheres, nada de violentar mulheres, nada de operações na calada da noite", exigiu o clérigo.

Outro imã sunita, o xeque Jamaleddin al-Kobeisi, procurou distanciar seu sermão na mesquita de Al-Shawaf, no distrito bagdali de Yarmouk, da divisão entre sunitas e xiitas. Segundo ele, os sunitas iraquianos não querem ver as acusações de estupro alimentando ainda mais a violência sectária que aflige Bagdá. "Queremos apenas justiça pelas vítimas", declarou. "Nosso orgulho nos faz crer que é mais fácil aceitar a morte de todos os homens do Iraque do que aceitar a violação da honra de uma mulher iraquiana", disse ele aos fiéis.

Pressão

As duas denúncias surgidas esta semana foram feitas em entrevistas a emissoras de televisão e impuseram pressão sobre o governo iraquiano e sobre as forças de segurança em sua luta desesperada para impedir que a violência sectária que tem arrasado Bagdá ao longo dos últimos meses persista e se dissemine para outras partes do país.

Ao mesmo tempo, grupos insurgentes sunitas, inclusive a Al-Qaeda no Iraque, pediram vingança depois do surgimento da segunda acusação de estupro em uma semana. O líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Hamza al-Muhajir, também conhecido por Abu Ayyub al-Masri, pediu ataques contra as forças iraquianas para punir os estupros que aconteceram em Bagdá e em Tal Afar, uma cidade próxima da fronteira com a Síria. "Sigam adiante, com a bênção de Alá, e incendeiem os postos militares deles, destruam as casas e derramem o sangue deles", disse o líder em gravação divulgada ontem.

Al-Muhajir disse na gravação que 300 seguidores apresentaram-se como voluntários para participar de missões suicidas depois da acusação de que uma mulher teria sido estuprada em um posto policial. Segundo o IntelCenter, um grupo americano que rastreia mensagens atribuídas a grupos extremistas, pelo menos seis grupos de insurgentes pediram vingança desde segunda-feira, quando surgiu a primeira denúncia.

Fonte: Último Segundo

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