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Seqüestradores mataram bebê na Itália porque choro os irritava

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O assassinato de Tommasso Onofri, um bebê de 1 ano e seis meses morto a golpes de pá porque seu choro irritava seus seqüestradores, pôs fim a um caso trágico na Itália.

A angústia dos progenitores da criança terminou na noite de ontem, quando deu lugar à dor, refletida no grito do pai quando soube da notícia, segundo pessoas próximas da família.

Tommaso foi seqüestrado no dia 2 de março por desconhecidos que, aparentemente, tinham a intenção de pedir um resgate de um milhão de euros ao pai, Paolo Onofri, diretor de uma filial dos Correios.

A angústia pela situação do bebê durou um mês, mas os seqüestradores nunca chegaram a fazer o pedido do resgate porque mataram a criança duas horas após raptá-la.

O caso ocorreu no povoado de Casalbarancolo, uma pequena localidade situada entre a cidades de Parma e Reggio Emilia, no norte da Itália.

A reconstrução dos fatos, divulgada pelas autoridades, foi feita com base no depoimento dado ontem pelos autores confessos do crime, Mario Alessi, de 44 anos, e Salvador Raimondi, de 27, que agoram culpam um ao outro pela morte do bebê.

Segundo os depoimentos, os dois entraram na casa dos Onofri, Alessi com um capacete e Raimondi com um capuz, e amarraram os pais, Paolo e Paola, e o irmão de Tommaso, Sebastiano.

Depois, fugiram com o bebê em uma moto. No entanto, ficaram nervosos quando ouviram uma sirene da Polícia e deixaram Tommaso cair no chão.

O bebê começou a chorar e, diante do medo de serem descobertos, um dos dois o matou com um golpe de pá.

Segundo as autoridades policiais, esclarecer qual dos dois matou Tommaso e qual o motivo real do crime, ainda obscuro, é a razão dos interrogatórios que serão conduzidos hoje pelos juízes encarregados do caso.

A Polícia, que também deteve ontem como cúmplice a mulher de Alessi, Antonella Conserva, encontrou ontem à noite o corpo do bebê escondido entre as pedras do rio Enza, e não em um casarão próximo, como foi informado a princípio.

Mario Alessi, um pedreiro que trabalhara recentemente em reformas na casa da família Onofri, é descrito como um homem frio, que apareceu nas câmeras de televisão já depois de ter matado Tommaso dizendo: “Dirijo-me aos seqüestradores, libertem-no”.

O seqüestro atraiu a atenção da imprensa italiana quando os pais do bebê pediram desesperados sua libertação imediata, já que Tommaso sofria de epilepsia e precisava de remédios.

Até o papa Bento XVI, que no Ângelus de hoje mostrou sua consternação pela “bárbara morte”, se uniu aos pedidos pela libertação da criança dias depois do rapto.

O presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, também expressou sua dor pelo triste desfecho do caso.

“Corta a respiração. Toda família italiana chora hoje a morte de Tommaso”, disse.

Agência EFE

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