O senador da oposição democrata Russ Feingold anunciou hoje que apresentará amanhã no Senado uma moção de censura contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, por seu programa de escutas secretas.
Feingold informou seus planos durante uma entrevista à rede de televisão ABC, na qual classificou como “ilegal” as escutas secretas de suspeitos de terrorismo que a Casa Branca iniciou após os atentados de setembro de 2001 nos EUA.
“É um passo incomum”, disse Feingold durante a entrevista, ao que acrescentou que “é um grande passo, mas o que fez o presidente, conscientemente e intencionalmente violar a Constituição e as leis deste país com gravações ilegais, merece uma resposta”.
Sua proposta tem poucas chances de prosperar em um Congresso dominado pelos republicanos, mas pode ajudar a erodir a já debilitada popularidade de Bush.
O líder da maioria republicana no Senado, Bill Frist, classificou a medida de “totalmente errônea” no mesmo programa de televisão do qual participou Feingold.
Segundo Frist, a proposta do democrata envia o sinal aos inimigos dos EUA de que o presidente não conta com o total respaldo de seu país.
O jornal The New York Times foi o primeiro a revelar em dezembro passado a existência do programa de escutas, que prescinde da autorização judicial preceptiva e cuja execução está a cargo da Agência de Segurança Nacional (NSA).
Senador democrata proporá voto de censura contra Bush
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