O almirante William Fallon, candidato a substituir o general John Abizaid na liderança do Comando Central dos Estados Unidos no Oriente Médio, afirmou hoje que são necessárias ações "novas e diferentes" para estabilizar o Iraque. Fallon, 62, é o atual líder das forças americanas no Comando do Pacífico.
"Me parece bastante óbvio que o que temos feito não funcionou. O que temos que fazer, na minha opinião, é algo diferente", declarou o almirante ao Comitê de Forças Armadas do Senado.
Na audiência para sua confirmação como chefe do Comando Central americano (órgão responsável pelas operações militares no Iraque, no Afeganistão e em outros países do Oriente Médio), Fallon se mostrou convencido de que "a situação do Iraque pode ser mudada".
No entanto, ele alertou que não há muito tempo para fazer isto e que "não há garantias".
Novas ações
O almirante afirmou que são necessárias "ações novas e diferentes", não só em nível militar, mas também nas esferas política e econômica, para mudar o rumo da guerra no Iraque.
Ao ser questionado sobre a decisão do presidente americano, George W. Bush, de enviar tropas adicionais ao Iraque, o almirante desconversou e disse que não teve tempo para a analisar de forma profunda a estratégia pelo fato de continuar atuando como chefe do Comando do Pacífico.
Fallon também evitou se pronunciar sobre sua confiança ante os desafios que o governo e as Forças de Segurança iraquianas têm diante de si, embora tenha dito que "provavelmente houve um equívoco" ao se avaliar a capacidade das autoridades iraquianas para controlar a situação após a derrocada do ex-presidente Saddam Hussein.
O que está muito claro, afirmou, é que no Iraque, no Afeganistão e em qualquer outra parte "são necessárias avaliações sinceras" da situação, o que se comprometeu a fazer caso seja confirmado no cargo.
Caso receba a autorização do Senado o que é quase certo, William Fallon se tornará o primeiro oficial da Marinha na liderança do Comando Central americano.
Folha Online