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Sargento acusado de usar cachorros em Abu Ghraib é processado

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O sargento Santos A. Cardona do exército dos Estados Unidos compareceu hoje a um tribunal militar em Fort McNair, em Washington, acusado de ter usado cachorros nos interrogatórios de prisioneiros na prisão iraquiana de Abu Ghraib.

Vários soldados e suboficiais já foram processados por tais maus-tratos, mas o julgamento de Cardona é o primeiro em que um general se pronunciará, o que põe sobre a mesa a suposta responsabilidade dos comandantes superiores nos abusos cometidos por militares.

Cardona aparece em várias das fotografias que circularam por todo o mundo e nas quais se vêem cenas de torturas de prisioneiros, entre as quais incluem-se humilhações sexuais e intimidação com cachorros.

Dez julgamentos marciais realizados até o momento concluíram que os abusos foram perpetrados por soldados fora de controle, que operavam sob uma supervisão insuficiente e que violaram as regras militares e as ordens de seus superiores.

No julgamento de Cardona está previsto o pronunciamento do general de duas estrelas Geoffrey Miller, que esteve no comando do centro de reclusão na base naval americana de Guantánamo (Cuba), onde o Pentágono mantém há anos centenas de homens sem julgamento.

Miller foi enviado pelo Pentágono ao Iraque na segunda metade de 2003 quando se intensificava a ação de grupos insurgentes e os militares americanos procuravam conter os ataques armados.

Em declarações sob juramento aos investigadores militares, Miller negou que recomendasse ou aprovasse o uso de cachorros nos interrogatórios.

No entanto, o oficial de informação de mais alta categoria em Abu Ghraib e o chefe de guardas da prisão disseram aos tribunais e aos investigadores que Miller encorajou o uso de cachorros nos interrogatórios em Abu Ghraib.

Em março, um tribunal militar rejeitou as declarações do sargento Michael Smith, colega de Cardona no manejo de cachorros militares, segundo as quais eles atuaram em cumprimento das ordens de seus superiores.

O tribunal declarou Smith culpado de abusos e o sentenciou a 179 dias de reclusão em uma prisão militar.

Outros soldados e suboficiais envolvidos nas torturas de Abu Ghraib receberam sentenças que vão do desconto da metade de um soldo até prisão por 10 anos.


EFE

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