A Rússia começou hoje a testar em humanos uma vacina contra a gripe aviária obtida por especialistas russos, informou hoje o centro Microgen, fabricante do medicamento.
Inicialmente, a vacina será aplicada em 240 voluntários e depois em outros grupos, até o fim dos testes em agosto, disse um porta-voz da Microgen à agência “Interfax”.
O início dos testes foi aprovado por uma comissão de especialistas do Ministério da Saúde russo, e todos os voluntários têm seguro contra riscos e receberam bonificação de 150 euros.
“Nos testes realizados em ratos, a vacina mostrou efetividade de 95%”, disse o porta-voz.
A fonte afirmou que a vacina foi elaborada a partir de uma variante do vírus procedente do Vietnã e recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O diretor da Inspeção Estatal de Epidemias da Rússia, Gennady Onischenko, explicou ontem que essa vacina não defenderá os russos do risco de contrair a doença, porque foi usada uma das cepas do vírus que não é transmitida a humanos.
“Com estes testes, estamos facilitando o trabalho e reduzindo o prazo para obter uma vacina que nos permita enfrentar uma epidemia de gripe aviária entre a população”, disse Onischenko.
A vacina russa poderá ser usada como medida de prevenção entre as pessoas do grupo de risco, ou seja, as que têm contato com aves que podem contrair a doença.
Apenas dez companhias no mundo trabalham na obtenção de vacinas contra a gripe aviária. Entre elas, apenas seis testaram o medicamento entre humanos.
A gripe aviária é uma doença infecciosa das aves endêmica na Ásia e, das quinze cepas identificadas do vírus que provoca essa patologia, apenas um – o H5N1 – pode ser letal para os humanos.
“Existe a possibilidade de que o H5NEM sofra mutação até o ponto de provocar uma epidemia, ou seja, quando a doença for transmitida de pessoa a pessoa”, disse Onischenko.
EFE
Rússia começa a testar vacina contra a gripe aviária em humanos
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