A explosão de uma carta-bomba, a terceira consecutiva desde a última segunda-feira (5), causou ferimentos em uma mulher em Swansea (País Gales) nesta quarta-feira. A vítima trabalha em um escritório público da DVLA, a agência britânica que administra registros de motoristas e automóveis.
De acordo o site do jornal britânico "The Guardian", a vítima desta quarta-feira foi hospitalizada, mas não corre risco de morte.
Ontem, dois homens sofreram ferimentos nas mãos e na parte superior de seus corpos após serem atingidos pela explosão de uma carta-bomba em um escritório da empresa Vantis, baseado no Centro de Negócios de Oaklands em Wokingham, no Condado de Berkshire, a oeste de Londres.
Na segunda-feira (5), a vítima de outra explosão de carta-bomba foi uma mulher, atingida na Capita empresa de seguros que representa clientes como a rede de informações britânica BBC, o Escritório de Registro de Crimes, o Departamento de Comércio e Indústria e o Departamento de Trabalho e Pensões, arrecada 25 milhões de pagamentos por ano de motoristas que pedem licença para dirigir no centro de Londres.
A Scotland Yard ainda não sabe se há relação entre as três explosões.
O ministro britânico do Interior, John Reid, falando momentos antes de ser anunciada a terceira explosão, nesta quarta-feira, classificou as cartas-bomba como "preocupante", e disse ser importante que a polícia leve a cabo sua investigação sem fazer especulações.
A nova carta-bomba reforça suspeitas de que um motorista ou outra pessoa descontente com órgãos ligados ao sistema de controle de trânsito seja responsável pelas explosões.
Os serviços de câmeras e controle de velocidade por radares fotográficos são clientes da Vantis [empresa-alvo da explosão desta quarta-feira].
Passado
O IRA (Exército Republicano Irlandês) foi pioneiro no uso de cartas-bomba como tática de terrorismo nos anos 70, na campanha para separar a Irlanda do Norte do Reino Unido. O grupo armado ilegal alvejava escritórios do governo britânico e da área da segurança.
A tática feriu dezenas de pessoas na década de 70, mas não chegou a matar ninguém. Até o momento, a polícia britânica não fez relações entre as recentes explosões e o grupo terrorista.
Folha Online