Os principais candidatos à Presidência do México apareciam tecnicamente empatados em duas pesquisas de intenção de voto publicadas por jornais nesta terça-feira, antes de um debate na televisão.
Tanto o candidato de esquerda, Andrés Manuel López Obrador, quanto o conservador Felipe Calderón, do Partido da Ação Nacional (o mesmo do presidente Vicente Fox), têm 36 por cento das intenções de votos para a eleição de 2 de julho, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal El Universal.
López Obrador subiu um ponto percentual e Calderón desceu três pontos desde a última pesquisa do El Universal, publicada em maio.
Em uma outra pesquisa, publicada pelo jornal Excelsior, o ex-prefeito da Cidade do México López Obrador aparece com 35,5 por cento, com exatamente um ponto acima de Calderón, que teve 34,4 por cento das intenções de voto.
Na última vez que o jornal publicou uma pesquisa, em maio, Calderón estava dois pontos à frente de seu rival.
Os dois candidatos estiveram tecnicamente empatados nas pesquisas mais recentes, apesar de um levantamento, na semana passada, ter mostrado Calderón com larga vantagem.
Todos os candidatos participarão de um debate televisionado, ao vivo, na noite desta terça-feira. O debate é visto por muitos observadores como um fator importante para os eleitores na decisão eleitoral.
López Obrador, o candidato favorito durante mais de dois anos, foi ultrapassado por Calderón em maio, depois de se recusar a participar do primeiro debate de televisão. Ele também foi atingido por uma série esmagadora de anúncios de campanha que o definiram como um perigo para o México.
Roberto Madrazo, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), apareceu em um distante terceiro lugar na pesquisa do jornal El Universal, com 24 por cento, apesar de ter conseguido subir três pontos com relação à pesquisa anterior, do mesmo jornal. Na pesquisa do Excelsior, ele aparece com 27 por cento das intenções de voto — um ponto a mais do que no último levantamento do jornal.
O El Universal relatou que 19 por cento dos entrevistados ainda não decidiram em quem votar.
O jornal entrevistou 1.500 prováveis eleitores em suas casas, entre os dias 1 e 4 de junho, e a pesquisa tem margem de erro de 3,4 pontos. O Excelsior fez sua pesquisa no mesmo período, consultando mil pessoas. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Reuters
