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Polícia interroga Blair pela segunda vez em caso de corrupção

O premiê britânico Tony Blair foi questionado pela segunda vez nesta quinta-feira a respeito de um caso de corrupção envolvendo a suposta venda de cargos em tro

O premiê britânico Tony Blair foi questionado pela segunda vez nesta quinta-feira a respeito de um caso de corrupção envolvendo a suposta venda de cargos em troca de doações ao Trabalhismo, informou seu porta-voz oficial. O interrogatório durou uma hora.

Na sexta-feira passada, Blair foi interrogado na qualidade de testemunha, e não como suspeito, pelos agentes da Scotland Yard que averiguam o caso, indicou o porta-voz.

Blair foi questionado pela primeira vez em dezembro de 2006. O líder trabalhista, que chegou ao poder em 1997, com a promessa de uma gestão transparente e ética, foi o primeiro chefe do governo a ser interrogado duas vezes pela polícia na história do Reino Unido.

O segundo interrogatório do premiê ocorre uma semana depois da detenção de sua colaboradora próxima Ruth Turner por "supostos delitos" atribuídos ao Trabalhismo e "sob suspeita de obstruir o curso da Justiça", segundo a polícia.

O questinamento de Blair também acontece quatro dias depois que Lord Levy, arrecadador de fundos do Partido Trabalhista, foi detido pela segunda vez por envolvimento com o caso.

Além de Levy e Turner, outras duas pessoas foram detidas pelo escândalo: Christopher Evans, milionário do setor de biotecnologia que doou dinheiro ao partido governista, e o ex-assessor do Executivo Des Smith.

A polícia pediu que a data do interrogatório não fosse divulgada, por isso, membros do gabinete de Blair não receberam a informação até a noite desta quarta-feira.

Investigação

Cerca de 90 pessoas foram interrogadas pela polícia em relação ao caso que afeta também os partidos Conservador e Liberal-democrata, entre as quais destaca-se o premiê e vários ministros de seu Gabinete.

A polêmica sobre a suposta venda de cargos explodiu em março, após uma denúncia do Partido Nacionalista Escocês (SNP, sigla em inglês) e depois de membros do Partido Trabalhista revelarem que a legenda recebeu quase 20 milhões de euros em empréstimos não-declarados de 12 empresários.

Alguns destes homens de negócios foram mais tarde designados para ocupar uma cadeira na Câmara dos Lordes.

A investigação, que já dura dez meses, tumultua o governo de Blair em sua reta final.

O escândalo poderia obrigar o primeiro-ministro, em baixa nas pesquisas de opinião por causa da guerra do Iraque, a acelerar a transferência de poderes ao influente ministro da Economia, Gordon Brown, considerado seu sucessor natural.

Folha Online

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