A Polícia egípcia deteve hoje 23 membros do grupo islâmico Irmãos Muçulmanos quando colocavam cartazes contra a prorrogação da lei de emergência em vários bairros do Cairo e da província de Guiza, no oeste da cidade.
O “número dois” do grupo, Mohammed Habib, disse à EFE que os detidos são jovens pertencentes à Irmandade que iniciaram uma campanha de protesto desde que o Governo prorrogou, no último dia 30, a lei de emergência, vigente no país há 24 anos.
Segundo Habib, 52 membros do grupo foram detidos há um mês e meio.
Os Irmãos Muçulmanos, que obtiveram 88 das 454 cadeiras do Parlamento nas eleições passadas e representam a maior força opositora, são considerados pelo Governo egípcio uma organização ilegal.
“As autoridades tentam aplacar a voz da oposição, que pede reformas políticas e especialmente o fim da lei de emergência”, declarou o dirigente do grupo.
A lei de emergência será prorrogada a partir de 1º de julho durante dois anos ou até que se aprove uma nova lei para combater o terrorismo, segundo informou a agência oficial de notícias “Mena”.
Esta norma, que permite detenções preventivas quase ilimitadas e proíbe os protestos, manifestações e reuniões sem uma autorização prévia do Ministério do Interior, é aplicada no Egito desde que um fundamentalista islâmico assassinou o então presidente egípcio, Anwar el-Sadat, em 1981.
EFE
Polícia detém 23 Irmãos Muçulmanos no Cairo
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