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Parlamento Europeu reconhece força dos nacionalistas no Peru

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A missão de observadores do Parlamento Europeu no Peru reconheceu hoje que o partido do nacionalista Ollanta Humala, que perdeu ontem o segundo turno presidencial, ganhou importância dentro do cenário político do país andino.

O presidente desta delegação, o espanhol José Ignacio Salafranca, disse hoje em declarações à “Radio Programas del Perú”, que, apesar da derrota de Humala, o partido União pelo Peru (UPP) tornou-se “uma grande força de poder”.

Com 83,9% dos votos apurados, o social-democrata Alan García obteve 54,6% no segundo turno, enquanto o ex-comandante Humala conseguiu 45,3%.

O Governo de García deverá enfrentar um Congresso dominado pela UPP, que conseguiu 45 cadeiras nas eleições legislativas de 9 de abril.

No novo Parlamento, constituído por 120 cadeiras, o histórico Partido Aprista Peruano (PAP) de García conseguiu 36 vagas, seguido pela conservadora União Nacional, com 17 vagas. A fujimorista Aliança pelo Futuro obteve 13 cadeiras e outras três formações minoritárias conseguiram 9 representantes no total.

O responsável da missão do Parlamento Europeu disse que o partido nacionalista deverá “confirmar sua presença no cenário político nas próximas eleições regionais e municipais”, que acontecerão no Peru em novembro próximo.

Salafranca acrescentou que, com o segundo turno de ontem, ficou comprovado que “a fraude eleitoral foi enterrada” no Peru, após viver uma etapa de “crise política, econômica e inclusive moral”, com a queda do regime de Fujimori (1990-2000).

O representante do Parlamento Europeu parabenizou as autoridades eleitorais por ter “conduzido com senso de responsabilidade” o processo eleitoral, e por ter dado os primeiros resultados “com bastante rapidez, para responder às inquietações dos peruanos”, mas pediu que “aprendam as lições diante do futuro”.

O presidente do Júri Nacional de Eleições, Enrique Mendoza, confirmou à emissora que a votação ontem foi “pacífica”, mas com alguns grupos de manifestantes em diferentes pontos do país.


EFE

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