O papa Bento 16 disse hoje que as injustiças dividem os países “de modo mais profundo que as fronteiras desenhadas nos mapas” e lançou uma nova campanha contra o aborto, ao considerá-lo “talvez a mais grave” injustiça da sociedade atual.
O papa transmitiu a mensagem ao secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Angelo Sodano, e aos participantes do Encontro de Representantes da Santa Sé em Organismos Internacionais, a quem recebeu em audiência.
“As relações entre os Estados e no interior dos Estados são justas na medida em que respeitam a verdade”, disse o Pontífice, que alertou que a mentira, a ameaça à paz e a ignorância do direito são geradores de injustiças.
“Estas são fronteiras que dividem os países muito mais profundamente que os limites desenhados sobre os mapas, e freqüentemente não são só fronteiras externas, mas no interior dos Estados”, disse.
Ele acrescentou que as injustiças iriam desde o desinteresse e a desordem à “prepotência e a arrogância, que pode chegar inclusive ao arbítrio, obrigando a calar quem não tem voz ou força para fazê-la ouvir”.
“O caso de injustiça que hoje é talvez a mais grave, é a que suprime a vida humana nascente”, continuou.
O Pontífice disse que a Igreja pretende “continuar levantado sua voz em defesa do homem, inclusive quando a política dos Estados ou a maioria da opinião pública se movimenta na direção contrária”.
“A verdade, de fato, encontra força em si mesma e não no consenso que recebe”, concluiu.
da Efe, na Cidade do Vaticano
Papa fala sobre injustiças e lança campanha contra o aborto
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