O Ministério do Interior do Iraque anunciou que o número de pessoas seqüestradas hoje em uma dependência do Ministério da Educação em Bagdá não passa de 50.
Fontes do Ministério do Interior que não quiseram ser identificadas também disseram que até agora cerca de 20 dos reféns foram libertados por seus seqüestradores em várias áreas do bairro de Kerrada.
Este mesmo Ministério informou hoje de manhã que pelo menos 150 pessoas foram raptadas no "Instituto de Pesquisas Culturais" na cidade de Al Andaluz.
Além disso, a entidade também disse que oito horas após o episódio os seqüestradores tinham libertado 13 dos reféns e que cinco altos oficiais da Polícia de Kerrada foram detidos por seu suposto envolvimento nos fatos.
Já o ministro da Educação Superior, o sunita Abed Diab al-Uyeili, que disse que os seqüestradores vestiam uniformes militares, acusou as forças de segurança de não terem "tomado nenhuma ação rápida para perseguir os seqüestradores", apesar de os ministérios do Interior e da Defesa terem sido avisados.
Segundo testemunhas, os seqüestradores levaram os reféns para o bairro de Al Shaab, no noroeste de Bagdá, onde fica a sede do Ministério do Interior e onde a maior parte dos habitantes é xiita.
Centenas de civis iraquianos, entre eles funcionários do Governo, foram seqüestrados nos últimos meses por grupos armados. Alguns acabaram libertados após algum tempo, enquanto outros foram assassinados.
A comunidade sunita diz que estes crimes são cometidos por "esquadrões da morte" supostamente ligados ao Ministério do Interior, controlado pelos xiitas.
EFE