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Manifestações continuam em Paris após pronunciamento de Chirac

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Milhares de pessoas participaram de manifestações improvisadas na noite desta sexta-feira em Paris para protestar contra a promulgação da lei sobre o Contrato de Primeiro Emprego (CPE) anunciada mais cedo pelo presidente Jacques Chirac.

Várias centenas de pessoas, jovens em sua maioria, se reuniram na praça da Bastilha uma hora antes do pronunciamento por cadeia de rádio e televisão de Chirac sobre o contrato para os jovens, previsto para as 20h (hora local).

Os manifestantes bloquearam o trânsito na praça e se concentraram perto de um caminhão de som para escutar Chirac. Quando o presidente anunciou que “havia decidido promulgar” a lei sobre a igualdade de oportunidades, da qual o CPE faz parte, a multidão começou a vaiar, e os manifestantes gritavam “Chirac na prisão, Villepin demissão”.

Ao sair da praça da Bastilha, os manifestantes, alguns com bandeiras da Liga Comunista Revolucionária (LCR, trotskista) ou da Confederação Nacional do Trabalho (CNT, anarquista), foram para o palácio presidencial do Elysée em duas passeatas separadas.

s forças de ordem acompanharam discretamente os manifestantes. As duas passeatas se reencontraram e ficaram perdidas sem saber muito bem para onde ir, decidindo, depois, seguir pelo pátio em frente à Assembléia Nacional, o boulevard Saint-Germain, até caminhar para a Universidade de Sorbonne, no Quartier Latin.

O chefe de Estado era o principal alvo dos manifestantes, que gritavam palavras de ordem como “Chirac demissão” ou “Chirac, você nos irrita, a rua é que governa”.

Os franceses também protestaram contra o CPE nas ruas de Lyon, Rennes, Lille, Strasbourg, Nancy, Bordeaux. A polícia não registrou incidentes graves, salvo vitrines de loja quebradas, latas de lixo pelo chão e uma guarita de segurança na frente do Senado atacada. Depois da meia-noite, em Sorbonne, algumas dezenas de estudantes jogaram artefatos na polícia.

À 1h30 da madrugada, vários encapuzados quebraram vidraças de agências de trabalho temporário, bares, bancos e um restaurante de fast-food no boulevard Magenta.

Às 2h30 da madrugada, centenas de manifestantes se encontravam em Montmartre, onde vários carros foram atacados. A polícia não fez detenções.

Os manifestantes prometem novas greves e sair às ruas novamente na próxima terça-feira.

Fonte: Folha Online

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