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Julgamento de Saddam e ex-colaboradores é retomado neste domingo

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O julgamento do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e de sete colaboradores de seu governo foi retomado neste domingo em Bagdá (capital do Iraque). A sessão de hoje foi também a primeira em que os ex-colaboradores de Saddam foram diretamente questionados –embora já tivessem se manifestado em sessões anteriores.

Antes do início da sessão, representantes da corte informaram sobre o procedimento de trazer os réus para serem questionados. Ainda não estava claro quantos réus iriam depor, ou mesmo se Saddam estaria entre eles. Não ficou claro se a inquirição dos réus se deveu ao fim da fase de apresentação de provas e testemunhas.

Na sessão realizada no fim do mês passado, Saddam Hussein admitiu ser o responsável por ter ordenado a morte de 148 xiitas de Dujail (norte do Iraque), em 1982, acusados de envolvimento em um atentado contra a vida do ex-ditador (que é sunita).

Cada um dos réus foi chamado individualmente para a sala da corte. A sessão começou com a inquirição de Mizhar Abdullah Ruwayyid, membro do antigo partido Baath, de Saddam.

Desde o início do julgamento, em outubro do ano passado, a acusação vinha trazendo testemunhas para depor e apresentado documentos para atestar o envolvimento de Saddam e seus colaboradores nas mortes no vilarejo de Dujail. A sessão de hoje é a primeira desde o dia 1º deste mês, quando Saddam reconheceu sua responsabilidade no caso.

Ele insistiu, no entanto, que ordenar as mortes dos moradores do vilarejo não foi um crime, uma vez que atentaram contra sua vida.

O juiz Rauf Abdel Rahman pediu a Ruwayyid que relatasse o que ele fazia no dia do atentado contra Saddam (8 de julho de 1982). Ele respondeu que trabalhava como telefonista e que tinha apenas uma posição subalterna no partido Baath. “Não tenho relação com o acontecido em 8 de julho e não estive envolvido nas prisões que se seguiram”, disse

O juiz o questionou sobre cartas manuscritas, apresentadas pela acusação no mês passado, que teriam sido escritas por ele para informar à polícia sobre as famílias em Dujail supostamente ligadas aos membros da oposição xiita que realizaram o atentado contra o ex-ditador –que acabaram em prisões e mortes.

Ruwayyid negou a autoria das cartas. “O Estado e os serviços de segurança não precisavam da ajuda de um empregado menor como eu.”

Ruwayyd foi questionado por mais de uma hora e deixou a corte. O réu chamado a seguir foi Ali Dayeh Ali.

A acusação considera que as 148 mortes de xiitas em Dujail é o caso mais adequado a ser julgado agora, por ser aquele sobre o qual há mais registros e documentos. Casos mais notórios, como o ataque ao vilarejo curdo de Halabja com agentes químicos, que deixou cerca de 5.000 mortos, foram deixados para julgamentos posteriores.

Folha Online

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