Mudanças climáticas

Iceberg do tamanho de São Paulo se desprende na Antártida

Segundo cientistas, o episódio é algo natural na região e não tem ligação com o processo de aquecimento global

Iceberg do tamanho de São Paulo se desprende na Antártida

Iceberg tem o tamanho da cidade de São Paulo — Foto:Reprodução

Um iceberg com tamanho equivalente à área da cidade de São Paulo se desprendeu no domingo (22) da plataforma de gelo próxima a uma estação científica britânica na Antártida, anunciou um grupo de cientistas nesta segunda-feira (23).

Apesar de a região estar ameaçada pelo aquecimento global, o desprendimento não se deve à mudança climática, assinalou o Pesquisa Antártica Britânica (BAS, na sigla em inglês), um órgão que estuda as regiões polares.

O bloco de gelo, de 1.550 km², se desprendeu da banquisa entre 16h e 17h (horário de Brasília) de domingo, depois que a maré forte aumentou a fenda que já existia na plataforma de gelo, detalhou o BAS.

Outro iceberg de tamanho similar já havia se desprendido há dois anos nessa mesma região, batizada de plataforma de gelo Brunt e sobre a qual se situa a base científica britânica Halley 6ª.

As grandes fissuras nas plataformas de gelo vêm aumentando na última década, segundo os glaciologistas.

Em 2016, o BAS decidiu mover a base Halley 6ª para outro lugar situado a cerca de 20 km por medo de que ficasse à deriva sobre um iceberg.

“Este desprendimento era esperado e é parte do comportamento natural da plataforma de gelo Brunt. Não está vinculado à mudança climática”, explicou o glaciologista Dominic Hodgson, citado em uma nota.

O continente, no entanto, sofre as consequências do aquecimento global. No ano passado, foram registradas temperaturas recorde na região.

Em fevereiro de 2022, a extensão de gelo nessa parte alcançou o mínimo já registrado em 44 anos de observações de satélite, indicou recentemente o relatório anual do programa europeu sobre mudança climática Copernicus.

Em 2021, o derretimento de um iceberg, 4.000 km ao norte do lugar de onde se desprendeu, em 2017, liberou mais de 150 bilhões de toneladas de água doce misturada com nutrientes, o que preocupou os cientistas pelo impacto em um ecossistema frágil.

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