Qiu Xinghua, 47, um camponês que matou dez pessoas em um templo no centro da China, foi executado nesta quinta-feira, momentos depois de o tribunal não aceitar a apelação do réu, informou a agência oficial de notícias Xinhua.
O tribunal provincial de Shaanxi, última instância na qual Qiu podia apelar, assinalou que o acusado não tinha os problemas mentais que a defesa alegou para tentar suspender a execução.
"Sua fuga da polícia [durante mais de um mês] demonstrou sua habilidade para realizar ações próprias e racionais", assinalou a sentença.
Crime
Em 16 de julho, Qiu invadiu o templo de Tiewadian, na cidade de Ankang, e atacou várias pessoas com um machado, matando cinco zeladores do local e quatro paroquianos, entre 12 e 62 anos.
O caso provocou uma verdadeira comoção no país, onde nos últimos anos foram noticiados vários assassinatos em série, alguns deles em escolas e outros centros educativos.
Qiu alegou que cometeu o crime por vingança contra o abade do templo (um dos mortos no ataque), já que suspeitava que ele era o amante de sua esposa.
Várias testemunhas afirmaram que o abade do templo havia repreendido Qiu por movimentar dois objetos do lugar sagrado.
Outros crimes
O camponês, que fugiu da justiça, voltou a atacar três pessoas em 31 de agosto, causando a morte de uma delas.
O assassino foi detido no final de agosto e condenado à morte em primeira instância pelo Tribunal Intermédio de Ankang, em 19 de novembro.
A China é o país que mais dita penas de morte no mundo. A Anistia Internacional (AI) calcula que houve mais de 1.700 execuções em território chinês em 2005, embora Pequim se negue a divulgar números exatos.
Efe