Grupo curdo assume autoria do atentado em estação de Istambul

O grupo curdo “Falcões de Libertação do Curdistão (HLK)” assumiu hoje a autoria do atentado em uma estação de ônibus de Istambul, que provocou a morte de uma pessoa e deixou feridas outras onze, segundo a agência Firat.

A vítima, identificado pela agência como, Salim Sahim, de 55 anos, morreu enquanto era levado para o hospital. Um dos onze feridos é uma criança pequena que estava próxima de onde ocorreu a explosão.

“Esta bomba foi só uma advertência”, afirma o comunicado, que lembra a população curda de que “não estão sozinhos” em sua luta contra o estado turco.

O comunicado do grupo afirma que “esta ação foi realizada por uma unidade de nossos homens. A Turquia colonialista e fascista aumentou seus ataques contra o nosso povo nos últimos dias e os HLK se defenderam”, disse a agência curda, com sede em Bruxelas, sem especificar como recebeu o comunicado.

O grupo terrorista, ligado ao Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK), acrescentou que seus homens “acompanham o desenvolvimento da situação” e que não serão aceitas mais agressões das forças de segurança turcas.

O Comitê de Segurança de Istambul se reuniu depois do incidente e o governador da cidade, Muammer Guler, disse que a corporação não tolerará atividades ilegais na cidade.

Além disso, sete rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) morreram hoje durante uma série de enfrentamentos com as forças de segurança turcas na região de Silope, da Turquia.

Os serviços de segurança turcos estavam em alerta nos últimos dias a pedido de importantes dirigentes da comunidade curda, por temores que a revolta que sacode o sudeste da Turquia se “estendesse a outras grandes cidades”.

Os funerais de quatro militantes do PKK mortos no último fim de semana em enfrentamentos contra as forças de segurança turcas se transformaram em manifestações em Diyarbakir, capital do Curdistão turco, onde sete pessoas morreram nos últimos três dias durante as mobilizações.


EFE