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Gaza registra novos ataques após proposta de Abbas

Um dia após o presidente palestino Mahmoud Abbas ter proposto a antecipação das eleições presidenciais e parlamentares palestinas, foram registrados novos episó

Um dia após o presidente palestino Mahmoud Abbas ter proposto a antecipação das eleições presidenciais e parlamentares palestinas, foram registrados novos episódios de violência entre seguidores do Fatah e do Hamas na Faixa de Gaza.
Uma mulher de 19 anos foi morta em uma troca de tiros entre membros da facção de Abbas, o Fatah, e seguidores do movimento que lidera o governo, o Hamas.

Antes do tiroteio, homens armados dispararam tiros contra um comboio de carros que transportava o ministro do Exterior, Mahmoud Zahar, o que foi considerado um atentado contra sua vida pelo Hamas.

Zahar escapou do ataque sem ferimentos.

Pouco depois do episódio, houve relatos de tiros disparados contra a residência oficial de Mahmoud Abbas.

Abbas não estava no local no momento dos disparos.

Pouco antes do amanhecer deste domingo, um campo de treinamento da guarda presidencial foi atacado. Um guarda foi morto e outros três ficaram feridos.

Também houve disparos no exterior de alguns ministérios do governo palestino.

Crise

Neste sábado, Abbas pediu para que sejam realizadas eleições presidenciais e parlamentares antecipadas "o mais rapidamente possível" para acabar com a violência interna nos territórios, que aumentou os temores de uma possível guerra civil.

Na opinião de Abbas, um novo pleito é a única forma de pôr um fim na crise atual.

O discurso do presidente palestino veio após dias de choques entre seguidores de seu grupo, o Fatah, e da facção do governo, o Hamas. Na quinta-feira, o Hamas acusou o Fatah de tentar assassinar o primeiro-ministro palestino, Ismail Haniya, na fronteira do Egito.

Resposta de Haniya

O Hamas, eleito em janeiro, imediatamente rejeitou a proposta de Abbas.

Haniya disse neste domingo que o pedido por novas eleições pode aumentar ainda mais a tensão na região.

"O governo palestino rejeito o pedido para antecipar as eleições parlamentares, porque isso não é constitucional e pode provocar um grande distúrbio no território palestino", disse Haniya no domingo, comentando pela primeira vez a declaração de Abbas.

Muitos palestinos dizem que Abbas não tem autoridade direta para dissolver o governo, apesar de ele afimar que tem poder para tanto.

Caberá ao Comitê Eleitoral Central decidir a questão.

Acordo político

Até lá, todos os esforços devem ser feitos para a formação de um governo de unidade composto por tecnocratas, segundo o presidente palestino.

O Hamas e o Fatah não conseguem chegar a um acordo em relação a um governo de reconciliação nacional.

"Sem um acordo político, a segurança vai continuar com problemas", disse Abbas no discurso deste sábado.

Ele ressaltou que tem o direito de destituir o governo do Hamas, que ele culpou pela crise atual.

O Hamas vem se negando a aceitar as exigências internacionais de reconhecer a existência de Israel e renunciar à violência, o que levou a sanções dos países ocidentais, de acordo com Abbas. 

BBC Brasil

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