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G20 vê crescimento sólido e alerta sobre inflação

Representantes da área econômica dos países do G20 divulgaram neste domingo uma declaração em que dizem que a economia global está crescendo com um ritmo “sólid

Representantes da área econômica dos países do G20 divulgaram neste domingo uma declaração em que dizem que a economia global está crescendo com um ritmo “sólido” e advertem para o risco de inflação nos próximos meses.
“Nós temos que tirar vantagem da atual força da economia global para acertar as políticas (econômicas)”, dizem na mensagem os ministros das finanças e chefes dos bancos centrais dos países do grupo, após uma reunião em Melbourne, na Austrália.

“A perspectiva permanece positiva. O ritmo de crescimento econômico mundial deve diminuir um pouco em comparação com o ritmo forte visto nos últimos anos. (…) Frente a potenciais pressões inflacionárias, a normalização da política monetária em muitos países do G20 terá que continuar”, diz a nota.

Apesar do alerta, um dos brasileiros presentes à reunião em Melbourne, o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Luiz Melin, disse à agência de notícias Reuters que Estados Unidos e União Européia deram sinais de otimismo durante o encontro, indicando que acreditam que a inflação será mantida sob controle.

Também em entrevista à Reuters, concedida em Sydney, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse que as expectativas inflacionárias para 2007 são mais seguras do que no passado e citou uma pesquisa, conduzida pelo BC, que aponta inflação de 4,5% no Brasil no ano que vem.

Câmbio

Na mesma nota divulgada neste domingo em Melbourne, o G20 pede uma maior flexibilidade de câmbio como forma de garantir a continuidade do crescimento da economia global.

“Manter o o forte crescimento do mundo e conter a inflação vai exigir um contínuo ajuste das políticas fiscais e monetárias, ao mesmo tempo em que se garante a flexibilidade cambial apropriada”, diz a declaração.

A China, que integra o G20, costuma ser criticada por manter baixo o valor cambial de sua moeda, o yuan, o que ajuda a impulsionar suas exportações.

O secretário do Tesouro da Austrália, Peter Costello, disse em uma coletiva que a nota do grupo não era voltada a um país específico, mas deixava claro que há um “incentivo”, por parte de todos os presentes no encontro, para que países que não flexibilizam o câmbio o façam.

“Ao redor de mesa (de negociações) como aquela (da reunião em Melbourne), fica bem claro quem tem uma taxa de câmbio flexível ou não. Assim, sem ser muito pessoal quando se fala sobre flexibilização, é bem claro qual é o significado disso”, disse Costello. “Há incentivo no tocante à flexibilização, acho que todos os países concordam com isso. É só uma questão de encontrar o momento certo.”

Doha e FMI

Os ministros do G20 também manifestaram na nota o desejo de que as negociações da Rodada Doha para liberalização do comércio internacional sejam retomadas logo, após terem sido paralisadas em julho.

“Romper o impasse em relação à agricultura vai exigir novas concessões na Europa e concessões semelhantes dos Estadops Unidos”, disse Costello.

Um outro ponto apontado na reunião foi a necessidade de continuar pressionando por reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI), para que ele possa servir melhor aos países mais pobres e em desenvolvimento.

Segundo a agência de notícias France Presse, o ministro das Finanças da África do Sul, Trevor Manuel, disse que é preciso rever os poderes da organização e que uma reforma do FMI é “essencial”.

O G20 é um grupo que inclui, além dos países do G7 (Estados Unidos, Alemanha, Japão, França, Itália, Grã-Bretanha e Canadá), Brasil, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coréia do Sul, Turquia e União Européia.

BBC Brasil

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