Para a polícia brasileira, Estevam e Sônia Hernandes, fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, praticaram crime de lavagem de dinheiro e estelionato. Mas para a Interpol, os dois são comparados ao homem mais procurado do mundo, o terrorista Osama Bin Laden.
Isso porque, a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate e Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público do Estado de São Paulo, a Interpol, polícia internacional, incluiu-os em lista denominada "difusão vermelha" que autoriza prisão internacional para fins de extradição.
Apesar de os Hernandes estarem em presídio federal em Miami, o alerta foi solicitado por questão de segurança. Para o Ministério Público, se o casal for solto pela Justiça dos EUA e tentar fugir, os países já estariam avisados da ordem de prisão existente no Brasil. Estevam, Sônia, o mentor do atentado do 11 de Setembro e Bóris Berezovski (acusado de lavagem de dinheiro e assassinato na Rússia) fazem parte do alerta vermelho compartilhado pela Interpol em 186 países.
Os Hernandes foram presos na última terça-feira, no aeroporto de Miami, por tentar entrar nos EUA com dólares acima do valor que haviam declarado.
O Ministério Público Estadual pediu a extradição do casal, que tem um pedido de prisão preventiva decretado pela Justiça.
A Interpol trabalha com seis níveis cromáticos de segurança, além da difusão internacional especial (categoria destinada aos punidos pela ONU por manter relação com a Al-Qaeda e os Talebans).
Folha Online