Em meio a um clima político tenso, marcado por um escândalo de espionagem entre membros do governo francês, os deputados começam nesta terça-feira a análise de um projeto de lei do ministro do Interior Nicolas Sarkozy que tem como objetivo tornar mais difícil a entrada e a permanência dos estrangeiros.
O texto foi criticado pela oposição de esquerda, ONGs e associações cristãs como desrespeitoso aos direitos humanos, favorecendo a precariedade e o aumento do número de ilegais.
A imigração deverá ser um dos temas principais do debate político na campanha presidencial de 2007. Sarkozy, provável candidato à Presidência, foi acusado pela esquerda de querer seduzir os eleitores da extrema-direita.
O texto apresentado à Assembléia, onde o partido UMP de Sarkozy é majoritário, é baseado na idéia de que a imigração “continua sem relação com as capacidades de acolhimento e as necessidades econômicas da França”.
Nicolas Sarkozy quer fortalecer a imigração “com fins profissionais”, que representa “apenas 5% dos fluxos” atuais.
Em particular, o texto torna mais difícil a reunião familiar entre o imigrante na França e sua família no país de origem.
Se quiser que sua família vá à França, o estrangeiro deverá dispor de um trabalho que lhe proporcione recursos equivalentes a pelo menos um salário mínimo (cerca de 1,2 mil euros) e ser residente na França há 18 meses.
AFP
