As Forças Armadas Revolucionárias (FAR) de Cuba, que no sábado celebrarão meio século de existência, têm um corpo experiente de generais formados em academias soviéticas, guerrilhas latino-americanas e campanhas na África.
Embora não atuem em operações fora da Ilha há mais de 15 anos, os soldados cubanos participaram a partir da década de 60 em guerras na África, em guerrilhas latino-americanas, e boa parte deles lutou em Angola, Etiópia e em outras nações entre 1976 e 1990.
Toda essa experiência se concentra no avançado sistema de escolas militares da Ilha, cuja principal instituição é a Academia Superior de Guerra "Máximo Gómez".
Mas a tropa regular de 300.000 homens foi reduzida para cerca de 50.000 após o fim da União Soviética, dividida em três exércitos: ocidental, central e oriental.
As FAR são compostas pelas três armas: o Exército, a Defesa Antiaérea (DAAFAR, incluindo a aviação, com caças interceptores MIGS) e uma pequena Marinha de Guerra, formada por lanchas costeiras e caça-submarinos.
O Exército regular, formado por soldados alistados no Serviço Militar Geral (dois anos), é apoiado por várias centenas de milhares de reservistas.
Há também o Exército Juvenil do Trabalho (algumas dezenas de milhares, que alternam a produção agropecuária com a preparação militar), as Milícias de Tropas Territoriais (um milhão de homens e mulheres) e as Brigadas de Produção e Defesa (3,5 milhões de pessoas).
Desde a sua fundação as FAR tiveram apenas um Comandante, o presidente Fidel Castro, e um só ministro, o General do Exército, Raúl Castro.
AFP