As ofensivas militares dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão consomem quase US$ 2 bilhões ao mês em equipamentos e armamento destruídos ou que precisam de conserto, segundo a edição de hoje do jornal "USA Today".
Esta quantia equivale a 25% dos custos mensais das duas guerras, que chegam a US$ 8 bilhões, segundo o jornal. O Pentágono informou esta semana que em novembro aprovou US$ 1,7 bilhão em contratos para consertos e substituição de equipamentos.
Entre estes contratos há um com a empresa BAE Systems no valor de US$ 1,2 bilhão para a reconstrução de veículos blindados Bradely e o fornecimento de suas peças.
Outro contrato no valor de US$ 380 milhões assinado com a empresa General Dynamics cobre a modernização de tanques M2A2 Abrams, e um de US$ 152 milhões com uma filial da Boeing financia a substituição de helicópteros de ataque Apache AH-64.
Segundo o ex-chefe de Gabinete da Casa Branca Leon Panetta, o Pentágono precisa de entre US$ 50 bilhões e US$ 60 bilhões para equipar novamente as unidades que retornam do Iraque.
O comandante do Exército, o general Peter Schoomaker, e da Infantaria da Marinha, o general James Conway, disseram ao Congresso que suas forças gastam, em conjunto, US$ 23 bilhões ao ano em consertos.
O Escritório de Supervisão do Governo, uma dependência do Congresso que vigia as contas do Executivo, informou que o Exército e a Infantaria da Marinha usaram quase 40% de seu equipamento de combate em terra no Iraque e no Afeganistão.
"O Pentágono calcula que para o próximo ano fiscal necessitará de entre US$ 127 bilhões e US$ 160 bilhões para as despesas de guerra", afirma o jornal.
O Escritório de Supervisão do Governo calcula que a Guerra do Vietnã custou ao contribuinte US$ 650 bilhões em valores atuais em um período de dez anos, enquanto a guerra contra o terrorismo, na qual o Governo inclui o conflito no Iraque, custou em cinco anos mais de US$ 500 bilhões.
EFE