O objetivo dos Estados Unidos é "evitar o conflito com o Irã", suspeito de querer construir uma arma nuclear, afirmou o subsecretário de Defesa americano Eric Edelman, em uma entrevista divulgada neste sábado pelo jornal francês "Le Monde".
"Ninguém deseja ver uma solução militar para este problema. Artigos jornalísticos levaram a crer que uma ação militar era iminente: isso é absurdo", afirmou Edelman, durante uma visita a Paris.
Os Estados Unidos deslocaram dois porta-aviões para o Golfo, para tentar dissuadir o Irã de continuar suas atividades de enriquecimento de urânio e pôr fim as suas supostas intervenções no Iraque.
"Com o aumento de nossa presença militar quisemos assegurar a nossos aliados na região que nós os defenderemos contra qualquer ação iraniana que os ameace", explicou, referindo-se principalmente a Israel, que pede que sejam reforçadas as sanções contra o Irã.
"Trata-se de dissuadir os iranianos de fazer algo que poderá conduzir a um conflito mais amplo. O objetivo é evitar um conflito", acrescentou.
Lembrando que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, havia "dito claramente que todas as opções estavam sobre a mesa", ele destacou que "durante os dois últimos anos, o esforço americano se baseou na via diplomática. E isso continuará".
Edelman ressaltou que, segundo ele, se o Irã conseguisse se dotar de uma bomba atômica "assistiríamos a uma proliferação da arma nuclear em outros países".
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia) e Alemanha chegaram a um acordo na quinta-feira sobre um novo projeto de resolução que prevê novas sanções contra o Irã devido a sua rejeição em suspender suas atividades nucleares sensíveis.
Folha