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EUA propõem à Europa criar um “escudo” contra mísseis do Irã

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O Governo dos Estados Unidos propôs a seus aliados na Europa o estabelecimento de um “escudo” contra mísseis balísticos do Irã, publicou hoje o jornal “The New York Times”.

O jornal, que cita como fonte da informação “funcionários do Pentágono”, afirmou que o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, recomendará a criação de uma nova base para mísseis interceptadores na Europa.

“A proposta dos EUA diz respeito à instalação de dez mísseis interceptadores na Europa até 2011. A Polônia e a República Tcheca podem ser escolhidas”, acrescenta o jornal americano.

“O Pentágono pediu ao Congresso US$ 56 milhões para iniciar as obras”, publicou o “Times”. “O custo final, incluindo os próprios mísseis, é calculado em US$ 1,6 bilhão”.

O Governo do presidente americano, George W. Bush, abandonou os acordos assinados com a ex-União Soviética sobre sistemas contra mísseis balísticos. O país empreendeu a construção de bases onde uma combinação de espionagem com satélites, radares avançados e mísseis interceptadores destruiriam os mísseis lançados por inimigos dos EUA.

O Pentágono pedirá ao Congresso US$ 9,3 bilhões no Orçamento do ano fiscal de 2007 – que começa em 1º de outubro – para seu programa de defesa contra mísseis.

Os EUA já instalaram nove mísseis interceptadores em Fort Greely (Alasca) e dois na base Vandenberg da Força Aérea na Califórnia.

“O estabelecimento de uma base contra mísseis na Europa oriental teria enormes implicações políticas”, ressaltou o “Times”. “A instalação de mísseis interceptadores na Polônia, por exemplo, criaria a primeira presença militar americana permanente no país”, disse.

A Rússia afirmou que o verdadeiro propósito dos Estados Unidos é ampliar sua presença militar em um país que participou do Pacto de Varsóvia.

De acordo com o jornal, o general Yuri Baluyevsky, chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas da Rússia, “tentou encorajar a oposição polonesa ao plano” americano.

“Eu não prevejo um conflito nuclear entre a Rússia e o Ocidente”, disse Baluyevsky em entrevista a uma publicação polonesa citada pelo jornal de Nova York. “Mas é preciso entender que os países que fizerem parte desse escudo (de mísseis) aumentam seus riscos”, disse.


EFE

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