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EUA não estão vencendo no Iraque, diz futuro secretário

Em sabatina no Comitê de Serviços Armados do Senado, Gates disse que Bush espera que ele lance um novo olhar sobre a guerra, e que todas as opções estão sobre a

Robert Gates, indicado pelo presidente norte-americano, George W. Bush, para assumir a Secretaria de Defesa, disse na terça-feira que os Estados Unidos não estão vencendo no Iraque e que os próximos um ou dois anos vão determinar se haverá ou não uma explosão de violência no Oriente Médio. 

Em sabatina no Comitê de Serviços Armados do Senado, Gates disse que Bush espera que ele lance um novo olhar sobre a guerra, e que todas as opções estão sobre a mesa.

"Nosso rumo ao longo do próximo ano ou dois vai determinar se o povo norte-americano e iraquiano e o próximo presidente dos Estados Unidos vão enfrentar uma situação de melhoria lenta e constante no Iraque e na região ou enfrentarão um risco muito real de uma conflagração regional", disse Gates.

Questionado pelo senador democrata Carl Levin sobre se os EUA estão vencendo no Iraque, Gates respondeu: "Não, senhor." Mais tarde, ele disse que "a esta altura" os EUA tampouco estão perdendo a guerra.

Gates, ex-diretor da CIA, foi escolhido por Bush para substituir Donald Rumsfeld depois da derrota do Partido Republicano nas eleições parlamentares de novembro, um resultado provocado em grande parte pela frustração da opinião pública com o conflito no Iraque.

IRÃ

Gates disse que um ataque ao Irã, país ao qual os EUA desejam impor sanções devido ao seu programa nuclear, seria "o absoluto último recurso". Ele disse também que não defende um ataque à Síria, outro inimigo dos EUA no Oriente Médio.

"Vimos no Iraque que, uma vez que a guerra é desencadeada, ela se torna imprevisível, e acho que as consequências de um conflito militar com o Irã seriam bastante dramáticas", disse Gates.

Alguns senadores disseram que Gates deve ser rapidamente confirmado no cargo, pois os parlamentares têm pressa em se livrar de Rumsfeld, mentor de uma guerra impopular.

Gates disse que Arábia Saudita, Turquia, Irã e Síria iriam se envolver cada vez mais no conflito caso os EUA deixem o Iraque em situação caótica.

"Minha maior preocupação é que, se cometermos equívocos no próximo um ano ou dois, e se deixarmos o Iraque no caos, uma variedade de potências regionais vai se envolver no Iraque", afirmou.

Bush recebeu Gates para um café da manhã na Casa Branca antes da audiência. "Bob Gates será um ótimo secretário de Defesa", disse Bush a jornalistas.

Muitos democratas defendem uma retirada gradual das tropas dos EUA do Iraque, a começar num prazo de quatro a seis meses, e dizem que sua vitória na eleição de novembro dá a essa opção um mandato popular. Gates prometeu fazer amplas consultas sobre os novos rumos, mas não disse que opção prefere.

"Na minha opinião, todas as opções estão sobre a mesa em termos de como tratamos desse problema do Iraque", afirmou.

O futuro secretário, de 63 anos, não tem experiência no Pentágono, mas comandou a CIA entre 1991 e 1993.

Uma aprovação tranqüila nesta semana será o contrário da sua sabatina de 1991 para a CIA. Na época ele era acusado de ter manipulado dados de inteligência na década de 1980 para ajudar as posições anti-soviéticas do governo Reagan, entre outras polêmicas. 

Reuters

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