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EUA enfrentam guerra “moral” ao terror, afirma Rice

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A secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, defendeu fortemente a guerra ao terror promovida por seu país, dizendo que ela é uma guerra “moral”. As declarações foram feitas em entrevista à BBC.

Rice encerra neste sábado uma visita oficial de dois dias ao Reino Unido.

Na entrevista, ela disse que a guerra ao terror é um novo tipo de guerra.

Ela insistiu que esta guerra é uma guerra moral, mas enfatizou que os Estados Unidos enfrentam um inimigo nunca antes enfrentado: um inimigo que procura matar, segundo ela, não como um dano colateral, mas como um fim em si mesmo.

Ela acrescentou que os Estados Unidos se tornaram um alvo desde 1983, quando um acampamento do seu Exército foi bombardeado no Líbano, num processo que culminou com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Questionada sobre a prisão da baía de Guantánamo e as acusações recentes de violações aos direitos humanos, a secretária de Estado disse que os Estados Unidos são um país que respeita suas obrigações legais.

Porém ela argumentou que a Convenção de Genebra, redigida num período em que as guerras eram travadas entre Estados soberanos, não é suficiente para lidar com grupos como a Al Qaeda.

Rice também negou enfaticamente que o Iraque não tivesse um lugar nessa guerra ao terror, dizendo que o regime de Saddam Hussein estava no coração de um Oriente Médio que gerou, segundo ela, as condições para o terror.

A secretária de Estado também negou as sugestões de que a guerra no Iraque, além de não melhorar a situação, somente a piorou.

‘Milhares de erros’

Na sexta-feira, Rice havia admitido que os Estados Unidos cometeram “milhares de erros” táticos no Iraque, mas defendeu a decisão de remover Saddam Hussein do poder.

“Sei que cometemos erros táticos – milhares deles, tenho certeza”, afirmou Rice em evento organizado pela BBC durante sua visita ao Reino Unido.

“Mas quando você olha para atrás na história, o que será julgado é se você tomou as decisões estratégicas corretas.”

Rice disse que a avaliação de que Saddam Hussein, ex-líder do Iraque, representava “uma ameaça à comunidade internacional por muito tempo” foi correta.

Justiça

A secretária de Estado americana faz uma visita de dois dias ao norte da Inglaterra a convite do chanceler britânico, Jack Straw.

Durante o discurso na Chatham House, ela comentou ainda que nenhuma pessoa deveria duvidar do comprometimento dos Estados Unidos com a Justiça e a obediência às leis.

Segundo ela, o governo americano não deseja ser “o maior carcereiro do mundo” e Washington quer que “os terroristas capturados sejam julgados”.

Cerca de 150 pessoas fizeram um protesto na escola onde Rice participou do evento. O grupo gritava: “Condoleezza Rice volte para casa”.

A visita a uma mesquita que estava programada foi cancelada por temores de protestos no templo.

Fonte: Folha Online

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