A China intensificou a pressão sobre Washington ao solicitar que os Estados Unidos e a Europa tomem mais medidas para diminuir os subsídios agrícolas e as tarifas, em uma tentativa de reativar as negociações globais de comércio.
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, estabeleceu o fim de junho como data-limite para o organismo reanimar as longas conversas da Rodada de Doha e chegar a um acordo sobre as fórmulas para levantar as barreiras na agricultura, nos produtos industriais e nos serviços.
“Na Rodada de Doha, a agricultura é o tema mais importante. Se as distorções no comércio mundial sobre a agricultura vão pelo caminho equivocado, as conversas não podem ter êxito”, disse Bo Xilai, ministro chinês do Comércio.
O ministro publicou seus comentários na página na web da sua pasta (www.mofcom.gov.cn) nesta sexta-feira.
Bo falou nesta sexta-feira durante uma reunião de ministros de Comércio da Ásia e do Pacífico na cidade de Ho Chi Minh, a capital comercial do Vietnã, onde Lamy também esteve presente para tentar manter vivas as negociações.
O vice-ministro de Comércio dos EUA, Karan Bhatia, disse durante o encontro que a China e outras economias emergentes têm uma responsabilidade especial em assegurar que as conversas não fracassem.
“A China foi grande beneficiária do acesso aos mercados globais, e deve desempenhar um papel importante em levar a rodada a um final de sucesso”, afirmou Bhatia.
Bo, no entanto, declarou que a responsabilidade se encontra sobre os EUA e a União Européia para reduzir os subsídios na agricultura, que prejudicam os produtores dos países pobres.
“Os Estados Unidos e a União Européia precisam continuar trabalhando sobre a agricultura e se aproximar com reduções práticas. Eles têm que fazer mais esforços para que o ponto morto nas negociações sobre agricultura se resolva”, afirmou.
Os ministros da OMC se reunirão em Genebra em 26 de junho com o objetivo de fechar um acordo para o final do ano. As conversas começaram em 2001.
Reuters
EUA e União Européia têm de salvar negociações na OMC, diz China
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