As mortes por câncer em virtude da tragédia nuclear de 1986 em Chernobyl podem se situar entre 30.000 e 60.000, segundo um estudo de cientistas britânicos publicado nesta terça-feira em Kiev, que multiplica por dez a cifra apontada num controvertido relatório da ONU.
O documento, intitulado “O Outro Relatório Sobre Chernobyl” (TORCH), foi apresentado por uma deputada ecologista alemã do Parlamento Europeu, Rebecca Harms, com motivo da proximidade do vigésimo aniversário (em 26 de abril) da pior catástrofe da história nuclear civil.
Harms encomendou o estudo após a publicação, em setembro de 2005, pela ONU, de outro documento que estimava em 4.000 o número de pessoas mortas “provavelmente de câncer” na Bielo-Rússia, Ucrânia e Rússia.
O quarto reator de Chernobyl, onde então era a União Soviética e hoje é a Ucrânia, explodiu em 26 de abril de 1986, lançando uma nuvem radioativa na Europa.
O número de mortos em virtude de câncer “nunca se conhecerá realmente”, mas pode chegar a entre 30.000 e 60.000, ressalta o novo estudo, feito pelos pesquisadores britânicos Ian Fairlie e David Sumner.
“Encomendamos o TORCH para rebater as afirmações feitas (pela ONU), que minimizou as consequências mortais do acidente nuclear de Chernobyl e fracassou em fazer uma análise substancial de seus efeitos na Europa e no mundo”, declarou Harmas em comunicado.
Várias organizações não-governamentais protestaram contra o documento da ONU, por considerar que subestimava a questão.
AFP
Estudo prevê entre 30.000 e 60.000 mortos em Chernobyl
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