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Estratégia americana no Iraque não funciona, diz grupo de estudo

Ex-congressista democrata e co-presidente do Grupo de Estudo sobre o Iraque, Lee Hamilton, afirmou hoje que os membros dessa comissão bipartidária concluíram qu

O ex-congressista democrata e co-presidente do Grupo de Estudo sobre o Iraque, Lee Hamilton, afirmou hoje que os membros dessa comissão bipartidária concluíram que a atual estratégia dos Estados Unidos no Iraque "não funciona". 

"A situação no país é grave, e está se deteriorando. A violência está aumentando, e os ataques às forças dos EUA continuam", disse Hamilton, em entrevista coletiva no Capitólio, na qual foi apresentado o relatório final com suas recomendações para o conflito iraquiano.

Hamilton lidera o grupo independente de analistas de alto nível, ao lado do ex-secretário de Estado James Baker, que afirmou que os "EUA devem começar uma nova ofensiva diplomática" para tentar melhorar a situação no Iraque.

O documento apresentado à imprensa, que foi entregue no começo da manhã ao presidente George W. Bush contém um total de 79 recomendações e advertências, e alerta que o custo da guerra "pode superar a marca de um trilhão de dólares".

O relatório recomenda a retirada gradual das tropas de combate americanas, "que devem estar fora do país no início de 2008".

O grupo recomenda ainda o aumento do treinamento das Forças de Segurança iraquianas, para acelerar a transferência de responsabilidades no país.

O relatório do grupo deixa claro que a estratégia atual do presidente Bush já não é viável, e embora "não exista uma via que possa garantir o êxito, as perspectivas podem melhorar".

Após quase quatro anos de conflito e cerca de 2.900 mortes entre as tropas dos EUA, a comissão afirma que é preciso alterar a atual estratégia, e que Washington deve advertir ao Governo de Bagdá que, se não fizer progressos substanciais, reduzirá o apoio em todos os níveis.

O relatório recomenda ainda o início de um diálogo "construtivo" entre os EUA e os países vizinhos do Iraque, e a implementação de uma nova iniciativa para resolver o conflito árabe-israelense.

Bush prometeu analisar com atenção todas as recomendações, embora tenha deixado claro sua rejeição a algumas delas, como as que propõem a retirada de tropas e as que sugerem um diálogo com o Irã e a Síria.

Após reunir-se com os dez membros da comissão na Casa Branca, o presidente reconheceu que a avaliação "é muito dura".

O relatório da comissão Baker-Hamilton é paralelo a outra avaliação ordenada por Bush aos departamentos de seu Governo, e coordenada pelo Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.

Logo que receber as conclusões de ambos os estudos, Bush decidirá quais mudanças deverá adotar. 

EFE

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