A temporada de furacões do Atlântico, que começa no dia 1o de junho, será novamente mais ativa do que a média e 17 tempestades tropicais se formarão, das quais nove poderão se converter em furacões, cinco deles intensos, segundo previsões de especialistas dos Estados Unidos divulgadas nesta terça-feira.
Apesar de o número de tempestades previstas estar acima da média histórica, deverá ser menor do que o número de tempestades formadas no ano passado no Atlântico, quando todos os recordes foram superados com 27 tempestades, sendo 14 furacões, incluindo sete intensos.
O prognóstico de Philip Klotzbach e William Gray, especialistas da Universidade do Estado do Colorado, indica que há 98% de chances de que um furacão atinja os Estados Unidos, e 81% de que seja forte, de categoria 3 ou mais na escala Saffir-Simpson (máxima 5), com ventos de mais de 179 km/h.
As probabilidades de uma ocorrência similar no Caribe são mais altas que a média anual.
No entanto, as previsões indicam que parece pouco provável que os Estados Unidos sejam atingidos como nos últimos dois anos, quando quatro furacões intensos alcançaram o seu litoral em 2004 e 2005.
“Embora esperemos que o atual período ativo de furacões no Atlântico continue por mais 15 ou 20 anos, é pouco provável que as próximas temporadas, 2006 e 2007, ou as temporadas seguintes, tragam furacões tão fortes para os Estados Unidos quanto os que vimos em 2005”, informa o estudo.
Klotzbach e Gray acrescentaram que a alta atividade aguardada para este ano também estará influenciada pelo fenômeno denominado “La Niña”, uma anomalia causada pelas baixas temperaturas oceânicas no Pacífico Oriental com grandes conseqüências no clima global.
Quando as condições do La Niña estiverem presentes, a atividade dos furacões na bacia do Atlântico aumentar consideravelmente”, informa o relatório, conhecido popularmente como o prognóstico do “Dr. Gray”.
Os especialistas reiteraram que a atividade de furacões é parte de um ciclo no qual se alternam períodos de relativa calma e décadas de intensa atividade.
Outros cientistas também acreditam que o aquecimento global, artificial ou natural, desempenha um efeito crucial, aumentando a temperatura dos oceanos, o principal combustível de um furacão.
Mas Klotzbach e Gray não deram importância à teoria.
“Não há provas concretas disponíveis, e é pouco provável que haja nas próximas décadas, para associarmos as mudanças na temperatura global à freqüência e intensidade dos furacões”, indica o estudo.
A temporada de furacões se estenderá até o dia 30 de novembro.
AFP
Especialistas dos EUA prevêem intensa temporada de furacões em 2006
Apesar de o número de tempestades previstas estar acima da média histórica, deverá ser menor do que o número de tempestades formadas no ano passado no Atlântico
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