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O economista Alexandre Nascimento afirmou, nesta quarta-feira (9), que o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá trazer benefícios para os consumidores brasileiros.
Conforme observou o ClickPB, em entrevista concedida ao Programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM, Alexandre Nascimento explicou que os produtos brasileiros, ao serem vendidos para o país americano, causam uma escassez no mercado interno do Brasil.
“O consumidor pode ter boas notícias, pois a partir do momento que não vou vender o ‘suco de laranja’, por exemplo, para os EUA, ele vai ser vendido aqui. Quando eu vendo nos EUA, queira ou não queira, esse produto traz uma escassez para o meu mercado, mais oferta no mercado interno, preço de equilíbrio menor”, explicou Alexandre..
De acordo com o economista, os benefícios do tarifaço de Trump podem ser breves, já que o dólar continua em alta, o que pode prejudicar a compra de insumos de países do exterior.
“Por hora, dá para o consumidor comemorar. Mas temos outro problema, neste momento, quanto mais o dólar sobe, mais eu tenho uma dificuldade em relação a produtos que dependem de insumos internacionais”, destacou o economista.
Entenda tarifaço de Trump
Segundo Alexandre Nascimento, a onda de taxações do presidente americano pode ser entendida como uma resposta a barreiras econômicas no âmbito industrial, como as impostas pelo continente Europeu.
“É um cenário muito complexo. Hoje, para os produtos americanos entrarem na Europa, eles precisam comprovar de que não vão causar nenhum problema a indústria europeia, que considera-se uma indústria de livre comércio, onde você pode investir e empreender, na verdade ela cria algumas barreiras também e os Estados Unidos é um dos principais países do mundo onde empresas americanas viram multinacionais e empreendem em outros países e todas as vezes que os EUA tentam entrar na Europa, eles tem essas barreiras, que não é expressa em tarifas, apenas em ‘vocês vão entrar aqui para fazer componentes? mas como está indo a indústria europeia? então não pode’. Isso é com o mundo todo, mas os EUA é um dos países que mais tem a capacidade de produzir fora do seu centro. A China é um grande empreendedor mundial, mas ela empreende dentro do seu território, pois utiliza uma mão de obra mais barata para fazer isso. Já os EUA ele empreende suas multinacionais muitas vezes em outros países, mas a Europa cria uma dificuldade nesse sentido.”, explicou o economista.
Ainda de acordo com Alexandre Nascimento, Donald Trump entendeu que essas barreiras são problemáticas para a economia americana.
“O presidente americano entendeu que isso traz problemas para a indústria americana, para as divisas dos EUA, além para diversos países do mundo. Ele fez o seguinte cálculo, ‘olha se eu estou tendo de forma direta ou indireta barreiras para entrar em alguns países, então vou tarifar também estes países aqui, pois no mínimo vou chamar todo mundo para a mesa de negociação. Não vou ter como chegar e dizer “vamos mandar um representante na Europa, China…’ não, ele deu um tarifaço em todo mundo e ‘se quiserem derrubar, venham negociar comigo’. Ele partiu do princípio de que, ‘eu não vou procurar estes países para derrubar nada’, afirmou o economista.