Gritos, aplausos e louvores a Deus. Multidões da África ocidental à Ásia central admiraram um eclipse total do Sol nesta quarta-feira, enquanto outros se abrigaram com medo de problemas na visão.
Houve emoção e alegria quando a sombra do eclipse, que cruzou o Atlântico do Nordeste do Brasil até a Mongólia, chegou a Gana.
O tempo esfriou e uma penumbra cobriu o antigo forte de Cape Coast, a oeste da capital Acra. A Lua encobriu o Sol por aproximadamente três minutos.
“Deus é grande, isso mostra a grandeza de Deus. Isso mostra a grandeza da natureza. É muito, muito lindo. Nunca havia visto nada assim antes”, afirmou Nana Appah, junto à multidão na praia de Cape Coast, onde o fenômeno foi bem visível.
No entanto, em Lomé, capital do Togo, onde o eclipse também passou, alertas enfáticos do governo sobre os riscos de assistir ao fenômeno a olho nu fizeram com que muitas pessoas não saíssem do lado de fora.
“Comprei óculos especiais para toda a família, mas no último minuto ficamos com muito medo para ir à rua. Preferi ver na TV, porque o governo insistiu que poderia ser prejudicial à saúde”, disse o gerente de bar Julien Agban.
Em Cape Coast, Gana, gritos de “Aleluia” e “Glória a Deus” foram ouvidos, enquanto o público gritava e aplaudia, partilhando óculos de proteção. Motoristas tocaram a buzina.
Ao redor da África, óculos escuros simples foram distribuídos ou vendidos para que as pessoas pudessem ver o eclipse com segurança, mas muitos reclamaram por terem ficado sem ou pela falta de dinheiro para comprá-los.
Universitários em Cape Coast assistiram ao eclipse refletido em baldes da água, num esforço para proteger os olhos, enquanto as pessoas celebravam o fenômeno ao redor.
Na África, o eclipse total, que acontece quando a Lua passa diretamente em frente do Sol, o fenômeno também pôde ser observado em Níger, Nigéria, Benin, Chade, Líbia e Egito, antes de rumar para a Ásia Central.
O espetáculo mais longo, quatro minutos e sete segundos de eclipse, foi visto na Líbia, perto da fronteira com o Chade, ao sul da capital Trípoli.
Reuters