A pressão contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para alterar sua estratégia na Guerra do Iraque conta agora também com os principais líderes das Forças Armadas americanas. De acordo com uma reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal " The Washington Post", a cúpula das Forças Armadas pressiona Bush para que o Exército dos EUA se concentre apenas em apoiar as tropas iraquianas e "caçar" terroristas, em vez de se engajar no combate à insurgência.
Também nesta quinta-feira, a nova líder da Câmara dos Representantes dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, anunciou que pretende criar um painel no Congresso para examinar as ações e o orçamento das agências de inteligência americanas. A medida, se implementada, imporá controle ainda maior sobre as decisões de Bush no combate ao terrorismo e na Guerra do Iraque, que já recebem duras críticas dos democratas.
Para discutir a guerra, Bush e o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, se reuniram ontem por mais de uma hora com a cúpula militar americana no Pentágono.
Na reunião, não foram sugeridas mudanças dramáticas, mas os líderes militares ofereceram uma avaliação pragmática e dura sobre o que é e o que não é possível para o Exército alcançar no Iraque, segundo a reportagem publicada no "Post".
De acordo com o jornal, a cúpula não apóia o envio de mais de soldados para o Iraque, mas vê como ação primordial para conseguir estabilizar o país o fortalecimento do Exército iraquiano.
Os militares pressionaram Bush também para incrementar o esforço econômico e a reconciliação política entre os vários grupos do Iraque.
Folha Online