As autoridades chinesas “indenizaram” a mãe de um adolescente morto depois das manifestações pró-democracia na Praça da Paz Celestial em 1989, de acordo com o ativista pelos direitos humanos, Huang Qi.
A polícia na cidade de Chengdu, no sudoeste do país, deu a Tang Deying mais de US$ 8 mil no que qualificou como assistência, 17 anos depois que o filho dela, Zhou Guocong, de 15 anos, morreu quando estava sob a custódia da polícia, dias depois da repressão na praça, em Pequim.
Embora o seu corpo tenha sido cremado, surgiram mais tarde fotos em que ele aparecia com ferimentos.
Ativistas pelos direitos humanos que apoiaram o pedido de indenização dizem que esta é o primeiro pagamento deste tipo ligado à repressão dos manifestantes pró-democracia.
Sem admissão
Centenas de pessoas morreram quando as autoridades enviaram tanques à praça nos dias 3 e 4 de junho de 1989, o Exército chinês dispersou protestos na praça, numa iniciativa que o Partido Comunista, que governa o país, diz que ter sido justificada.
O pagamento foi elogiado pela ativista de Pequim, Ding Zilin, cujo filho foi morto durante os protestos, mas ela disse que é pouco provável que indique uma mudança da posição do governo sobre a ação de 1989.
“Indenização significaria que o governo admitiu ter matado alguém, mas eu não vejo muito em termos de admissão neste caso”, disse Zilin à agência de notícias Associated Press.
Nos dias subsequentes, a polícia realizou batidas em várias partes do país.
BBC Brasil
China ‘indeniza’ mãe de manifestante morto
As autoridades chinesas "indenizaram" a mãe de um adolescente morto depois das manifestações pró-democracia na Praça da Paz
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