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Ativista palestino morre em ataque aéreo após atentado contra Israel

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Um líder ativista palestino morreu nesta sexta-feira em um ataque aéreo em Gaza, com autoria negada por Israel, um dia depois do primeiro ataque suicida após as eleições israelenses. Nesse episódio morreram quatro judeus na Cisjordânia.

A violência explodiu novamente no Oriente Médio, em uma semana marcada pela vitória do partido israelense Kadima nas eleições legislativas de terça-feira e pela posse do Hamas no governo palestino.

Os serviços médicos identificaram o palestino morto como Abu Yussef al-Guga, um líder dos Comitês de Resistência Popular, pequeno grupo militante que já reivindicou uma série de ataques com foguetes lançados de Gaza contra Israel.

Al-Guga conduzia seu veículo em um bairro de Gaza quando uma explosão destruiu o carro, segundo testemunhas, que asseguraram que o incidente ocorreu devido ao provável impacto de um foguete disparado por um avião israelense.

No entanto, um porta-voz israelense garantiu que o ataque não teve nada a ver com as Forças de Defesa de Israel.

O ministro da Defesa, Shaul Mofaz, ordenou às forças de segurança que redobrem seus esforços contra os líderes militantes palestinos depois do lançamento, pela primeira vez, de um foguete importado e fabricado industrialmente, provavelmente no Irã, segundo fontes israelenses.

Até agora, os ativistas palestinos só haviam utilizado projéteis fabricados de maneira artesanal. Mas na terça-feira lançaram um foguete Katiusha, da Faixa de Gaza. O atentado suicida que causou a morte de quatro israelenses na quinta-feira à noite na Cisjordânia foi reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do Fatah, partido do presidente palestino Mahmud Abbas.

Três colonos judeus e uma mulher de 20 anos que trabalhava para o serviço nacional civil morreram quando o homem-bomba ativou a sua carga na entrada do assentamento de Kedumim, ao oeste da cidade de Nablus, segundo a polícia.

Este foi o primeiro atentado suicida executado por um grupo diferente da Jihad Islâmica desde que as facções palestinas declararam uma trégua no ano passado.

A presidência palestina fez um apelo nesta sexta-feira para que a trégua seja respeitada, segundo um comunicado oficial.

No entanto, o ministro da Informação do governo do Hamas, Yussef Rizka, declarou à AFP que “a ocupação é a causa deste tipo de operações de mártires, que têm como objetivo combatê-la”.

Ao ser perguntado se o governo condenava o atentado, o ministro respondeu: “O problema não está em condenar ou apoiar. A ocupação nos obriga a nos defendermos”.

O Quarteto para o Oriente Médio (EUA, UE, ONU e Rússia) advertiu na quinta-feira o Hamas que, sem um compromisso pela paz, as ajudas diretas à Autoridade Palestina serão afetadas.

Israel, em negociações para formar um governo de coalizão após a vitória apertada do partido Kadima nas eleições, já deixou claro que não manterá contatos com o gabinete do Hamas.


AFP

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