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Atiradores seqüestram 30 em área comercial de Bagdá

A polícia em Bagdá, no Iraque, informou que pelo menos 30 pessoas foram seqüestradas no centro da capital por atiradoras usando uniformes camuflados.

A polícia em Bagdá, no Iraque, informou que pelo menos 30 pessoas foram seqüestradas no centro da capital por atiradoras usando uniformes camuflados. O seqüestro ocorreu no final da manhã na área comercial de Sanak, onde estão lojas de peças de automóveis.

Testemunhas afirmam que os atiradores chegaram em cerca de dez veículos, cercando donos de lojas e pedestres, ordenando que todos se sentassem antes de selecionar suas vítimas.

O correspondente da BBC em Bagdá afirma que pessoas estão sendo seqüestradas todos os dias, com corpos, – muitos deles mostrando sinais de torutura – aparecendo por toda a cidade.

Em massa

Em novembro ocorreu um outro seqüestro em massa no Ministério da Educação Superior do Iraque.

O ministro Abd Dhiab afirmou na ocasião que um total de cerca de 150 funcionários foram levados na ocasião. Um porta-voz do governo iraquiano, porém, desmentiu Abd Dhiab, dizendo que o número inicial de reféns havia sido de 40.

Vários policiais foram presos durante as investigações por suspeita de envolvimento no seqüestro, o que levantou questões sobre uma possível cumplicidade entre as forças de segurança e as milícias xiitas.

Muitos iraquianos acreditam que seqüestros em massa são cometidos por membros das forças de segurança, dominadas por xiitas, ou ocorrem com a conivência destas.

As suspeitas alimentam temores de que a situação da segurança em Bagdá esteja saindo do controle.

150 pessoas foram levadas do Ministério da Educação Superior do Iraque

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta quarta-feira que não vai apressar sua decisão sobre como mudar a estratégia americana para o Iraque.

Bush afirmou que está aceitando conselhos mas que não irá implementar "idéias que levariam à derrota", tais como "partir (do Iraque) antes que o serviço esteja terminado".

Falando a repórteres em Washington, depois de uma reunião com altos funcionários do Pentágono, o presidente americano disse que não iria desistir do objetivo de tentar transformar o Iraque em uma democracia estável.

Bush disse ainda que gostaria de dar ao novo secretário de Defesa, Robert Gates (que substitui Donald Rumsfeld), a oportunidade de participar da nova estratégia. Este seria um dos motivos da demora em apresentar as mudanças.

Relatório

Na semana passada, o aguardado relatório encomendado pelo governo americano ao Grupo de Estudos sobre o Iraque foi divulgado e pediu ações urgentes para evitar que o Iraque “escorregue em direção ao caos”.

O relatório apresentou 79 recomendações, entre elas a de que as tropas americanas poderiam ser retiradas do Iraque até 2008.

Bush reconheceu a necessidade de uma nova estratégia, mas até agora não aceitou as sugestões principais do documento – entre as quais está a inclusão de Irã e Síria no debate.

Esperava-se que o presidente anunciasse uma nova estratégia já na semana passada, mas na terça-feira a Casa Branca disse que não vai anunciar nenhuma mudança em sua política para o Iraque até o Ano Novo.

Violência

O presidente americano admitiu que o nível de violência no Iraque desde a invasão liderada pelos EUA em 2003 tem sido "horrível".

Bush afirmou que, nos últimos três meses, as forças americanas e iraquianas mataram ou capturaram cerca de 5,9 mil insurgentes.

No entanto, segundo o presidente americano, "o inimigo está longe de ser derrotado".

Nesta quarta-feira, uma nova onda de ataques deixou pelo menos 41 mortos no Iraque, um dia depois de a explosão de um carro-bomba ter deixado pelo menos 70 mortos em Bagdá.

Militantes sunitas são apontados como culpados pela onda de ataques contra a maioria xiita iraquiana nas últimas semanas. No dia 23 de novembro, mais de 200 pessoas morreram em uma série de explosões em Cidade Sadr.

O mês de novembro foi o mais sangrento desde que os Estados Unidos invadiram o Iraque, em 2003. 

BBC Brasil

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