Um amigo do jornalista turco-armênio assassinado Hrant Dink, o também jornalista Aydin Engin, funcionário do jornal Agos, está convencido de que uma organização criminosa está por trás do homicídio.
Engin trabalhava diretamente com Dink, que era seu superior, e advertiu que a prisão do homem que o matou não esclarece o caso. O jornalista afirma que é preciso descobrir quem está por trás do assassinato e que está pessimista sobre as perspectivas de que o caso seja esclarecido.
"Já mataram outros jornalistas e intelectuais. Em alguns casos, os autores materiais foram presos, em outros, nem sequer isso foi possível. Não estou otimista", afirma Engin.
Alguns comentaristas lembram que Trabzon, uma cidade portuária no Mar Negro de onde procedia o jovem assassino, Ogün Samast, de 17 anos, chegou a ser conhecida como cenário de atividades ultranacionalistas e de outros assassinatos nos últimos anos.
Em fevereiro do ano passado, um rapaz de 16 anos matou a tiros o sacerdote italiano Andrea Santoro em uma igreja de Trabzon.
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, indicou que todas as possibilidades serão investigadas, inclusive a de uma possível relação entre o assassinato de Dink e o do sacerdote Santoro.
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