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Apresentadora de TV libanesa ganha prêmio da ONU

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Uma apresentadora libanesa que perdeu uma mão e uma perna em um atentado recebeu o prêmio anual de liberdade de imprensa das Nações Unidas nesta quarta-feira, dia em que a ONU alertou que os jornalistas correm riscos cada vez maiores no trabalho.

A apresentadora de televisão May Chidiac foi indicada para o prêmio anual Guillermo Cano pelo governo libanês. A Unesco, órgão cultural da ONU, disse que ela merece sua popularidade pelo profissionalismo e abordagem direta em um país em guerra.

O ataque contra ela, em setembro de 2005, lembrou bastante os que mataram outros jornalistas no Líbano, segundo a Unesco. A sobrevivência de Chidiac é vista como símbolo da liberdade de expressão.

Ela recebeu o prêmio, cujo nome se deve a um jornalista colombiano morto em 1987 por denunciar grandes traficantes, no evento anual de liberdade de imprensa da Unesco na capital do Sri Lanka, Colombo.

O diretor-geral da Unesco, Koichiro Matsuura, disse que 2005 foi um ano ruim para a mídia. A Federação Internacional de Jornalistas afirma que 150 profissionais morreram em serviço e 500 outros foram detidos ou presos durante o ano passado.

“Esses dados mostram o que todos nós sabemos: ser jornalista em muitos lugares é um trabalho perigoso, e está ficando mais perigoso”, afirmou ele em nota. “Essas pessoas merecem nosso respeito e gratidão; eles merecem nosso comprometimento e proteção”. O Comitê para Proteger Jornalistas diz ter identificado 12 jornalistas já mortos em 2006 em China, Índia, Iraque, Venezuela e Sri Lanka, sendo que oito deles perderam a vida no Iraque. Ainda há mais casos sob investigação.

Para as organizações de liberdade de imprensa, os governos precisam fazer mais para proteger os jornalistas. A Unesco afirma que deve haver comprometimento para acabar com a “cultura da impunidade” em relação aos ataques a jornalistas.

“Nós conclamamos os líderes de todo o mundo… para tomar as precauções necessárias que tornem possível que os jornalistas continuem a nos fornecer o conhecimento e as informações essenciais que surgem de uma imprensa livre e independente”, afirmou Matsuura.

Enquanto a Unesco realizava sua reunião na capital, homens armados invadiram um jornal em língua tâmil no norte do Sri Lanka. Na busca por um importante jornalista local, dois funcionários foram mortos. Isso aconteceu após um jornalista tâmil ser assassinado em janeiro e um outro, há um ano.


Reuters

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