A América Latina deverá receber assistência dos EUA, para que os países se preparem melhor diante de uma eventual epidemia de gripe aviária em seres humanos ou o surto de outras doenças infecciosas, disse hoje o secretário de Saúde americano, Mike Leavitt, que participa da 59ª assembléia anual da Organização Mundial da Saúde (OMS), de hoje a sábado, em Genebra.
“Na América do Sul, faremos investimentos bilaterais com a Argentina e o Brasil”, disse o assessor para assuntos internacionais do Departamento de Saúde, William Steiger, afirmando que os EUA financiarão os países que precisarem reforçar seus planos nacionais para evitar uma pandemia de gripe.
Também receberão recursos as instituições regionais dedicadas à vigilância epidemiológica e à capacitação de pessoal médico.
O secretário de Saúde americano viajará ao Panamá em junho, para coordenar esforços e se reunir com ministros de Saúde da América Central.
“Ofereceremos assistência ao Governo do México, na base da cooperação, que incluirá a melhora da capacidade de vigilância nos laboratórios ao longo da fronteira” entre este país e os EUA, disse Steiger.
Os Estados Unidos também discutirão com o México a possibilidade de produzir vacinas contra a gripe, assunto que também deve debater com o Brasil e a Argentina, antecipou.
Leavitt afirmou que os EUA destinarão US$ 334 milhões para que a comunidade internacional se prepare diante de uma pandemia de gripe.
O Governo teria enviado uma reserva do antiviral Tamiflu para um “lugar seguro da Ásia”. O secretário não revelou o destino, mas disse que a remessa deve chegar ao local esta semana.
O secretário de Saúde dos EUA disse que o objetivo de Washington é ter reservas suficientes do antiviral para atender 25% da população, o que representa cerca de 75 milhões de doses.
De acordo com as previsões das autoridades americanas, até o final de 2006, os EUA terão à disposição 26 milhões de doses. No final do ano seguinte, a meta terá sido atingida.
O Tamiflu é o remédio indicado às pessoas infectadas pelo vírus da gripe aviária, especialmente pela variante H5N1, que mostrou ser a mais perigosa.
Leavitt destacou que o mundo está “diante de um risco maior de pandemia (de gripe) do que nas últimas décadas”, lembrando que, “nos últimos 300 anos, ocorreram 10 pandemias e, nos últimos cem anos, três”.
“Todos estamos juntos nisso. O perigo está em todo lugar”, disse Leavitt.
EFE
América Latina é incluída nos planos dos EUA contra gripe aviária
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