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Afeganistão: Otan mata 150 talibãs

A Otan anunciou nesta quinta-feira ter matado no leste do Afeganistão cerca de 150 rebeldes talibãs, que, ressaltou a aliança atlântica, estavam infiltrados no

A Otan anunciou nesta quinta-feira ter matado no leste do Afeganistão cerca de 150 rebeldes talibãs, que, ressaltou a aliança atlântica, estavam infiltrados no país provenientes do vizinho Paquistão.
"Dois grandes grupos de insurgentes foram observados entrando, vindos do Paquistão, na província (afegã) de Paktika", explica um comunicado da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan.

"Os insurgentes foram vigiados, seguidos e atacados no Afeganistão, de maneira coordenada por ar e por terra, no distrito de Barmal", 200 km ao sul de Cabul e a alguns quilômetros da região tribal paquistanesa do Waziristão.

"As estimativas iniciais após os combates indicam que até 150 insurgentes foram mortos", acrescentou a Otan, enquanto o Ministério afegão da Defesa, confirmando que os militantes provinham do Paquistão, mencionou 80 mortos. A aviação da Otan, informou à AFP o porta-voz do ministério, general Zahir Azimi, bombardeou os talibãs a dois quilômetros da fronteira paquistanesa. As forças afegãs participaram na operação por terra, acrescentou.

"Os rebeldes deixaram oito corpos", disse o porta-voz, acrescentando que uma grande quantidade de armas e munições foi apreendida. É a primeira vez desde que a Otan assumiu, em novembro passado, o comando das operações militares internacionais no leste do país que a organização assegura que rebeldes saíram do Paquistão, regularmente acusado por Cabul de servir de base no exterior para os insurgentes. "Os rebeldes foram monitorados enquanto se reuniam no Paquistão e tinham cruzado a fronteira antes de lançar um ataque contra o Exército afegão e a Isaf na região", explicou a Otan.

"Oficiais do Exército paquistanês foram informados de forma permanente a respeito dos progressos da operação", ressaltou a Aliança Atlântica. A operação, a mais importante desde que a Isaf assumiu o comando no leste, foi realizada no momento em que era iniciada em Islamabad uma das reuniões mensais das autoridades militares paquistaneses, afegãs e da Isaf com o objetivo de coordenar a luta contra os militantes do governo deposto dos talibãs. As autoridades militares paquistanesas não comentaram imediatamente a operação anunciada pela Otan.

Os insurgentes, explicou à AFP um porta-voz da Isaf em Cabul, comandante Ian Clooney, "estavam sob observação". "Eles se reuniram e atravessaram a fronteira com o objetivo claro de efetuar um ataque em alguma parte do Afeganistão". "A Isaf e as forças afegãs tomaram as medidas necessárias para prevenir este ataque", acrescentou. "Vigiamos particularmente as zonas fronteiriças, é um caso de rotina para nós", explicou o porta-voz. Esta operação contra militantes infiltrados do Paquistão ocorreu também em plena controvérsia a respeito de um projeto de fechamento da fronteira por Islamabad.

O Afeganistão, que nunca reconheceu a fronteira traçada no fim do século XIX pelas autoridades britânicas e herdada pelo Paquistão durante sua criação em 1947, contestou fortemente este projeto que prejudicaria, segundo Cabul, a circulação das populações da etnia pashtun que vivem ao lado da fronteira. wm-br/dm/fp AFP 111210 JAN 07

AFP

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