Vinte e três pessoas morreram, mas outras dezenas sobreviveram, quando um avião de passageiros indonésio explodiu em chamas ao pousar na capital cultural de Yogyakarta nesta quarta-feira.
Dezenas de passageiros saltaram pelas saídas de emergência da aeronave da Garuda Airline nos campos de arroz da área para escapar do inferno, que reduziu o avião a destroços carbonizados de metal retorcido.
Vinte e três pessoas, incluindo dois australianos, morreram no acidente, disse o chefe do centro nacional de crises, Rustam Pakaya, em uma mensagem à Reuters.
Anteriormente, uma autoridade do governo da província disse que 48 corpos foram retirados do local do acidente, e a Garuda depois disse que eram 22 mortos.
Pujobroto, principal porta-voz da Garuda, disse que o vôo GA 200 era um Boeing 737-400 que transportava 133 passageiros e sete tripulantes quando caiu por volta das 7h (horário local), depois de decolar de Jacarta.
Um sobrevivente disse à Reuters que os passageiros foram avisados de que haveria turbulência, e que a maioria reagiu de forma calma e ordeira diante das circunstâncias.
"Conforme nos aproximamos do solo e eu conseguia ver os telhados de nossa janela, o avião ainda balançava e sacudia", disse Ruth Meigi Panggabean, que trabalha para o grupo humanitário World Vision.
"Então o avião bateu de encontro ao solo e derrapou, daí bateu de novo antes de parar", disse ela.
O presidente Susilo Bambang Yudhoyono ordenou que o ministro da Segurança investigue questões "não técnicas" relacionadas ao acidente com o avião, disse o secretário de gabinete Sudi Silalahi a jornalistas.
Yogyakarta, cerca de 440 km a sudeste de Jacarta, é conhecida como o centro cultural da Indonésia e é um destino turístico popular.
A pista do aeroporto Adi Sucipto é reconhecidamente curta.
Os sobreviventes do acidente foram levados a hospitais nas redondezas.
"Estamos cuidando de 10 a 15 passageiros. Todos passam bem. Uma mulher grávida de oito meses está bem, assim como seu bebê", disse Constantine, uma enfermeira no Hospital Panti Rapih.
O especialista em desastres aéreos Robert Heath disse que a velocidade da aeronave pode ter influenciado no acidente.
Fonte: UOL