Esporte

Zidane lidera uma constelação que se apagará na Alemanha

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O anúncio da “aposentadoria” do ídolo francês Zinedine Zidane, de 34 anos, ao término da Copa do Mundo, dá destaque também a uma constelação de “veteranos” que, quase com certeza, estarão disputando seu último Mundial.

Não será surpresa para ninguém se jogadores como Cafu (35 anos), do português Luis Figo (33), do tcheco Pavel Nedved (33) ou o alemão Oliver Khan (36) seguirem os passos do atleta francês.

Todos são figuras de mais de 30 anos e, sem novas motivações, já que será duro para eles entrar em campo ao lado de jovens de 18 anos. “Não tenho mais 25 anos, cada dia é mais difícil e não quero estar (em campo) apenas por estar”, confessou Zidane no dia em que anunciou que pendurará as chuteiras depois do Mundial.

Para Figo, Nedved e Lilian Thuram a decisão chegará naturalmente, uma vez que deram um passo nessa direção após a Eurocopa 2004. Mas voltaram atrás para ajudar suas seleções a se classificarem para a Alemanha.

Todos eles atuam em clubes de primeiro nível da Europa e as temporadas exigentes com ligas e copas os deixam cada vez longe de suas respectivas equipes nacionais, ou melhor, não as têm entre suas prioridades.

A República Tcheca é uma das seleções mais prejudicadas por esta lenta mudança de gerações. É possível que depois da Copa do Mundo tenha de rearmar seu elenco com Karel Poborsky (34), Vladimir Smicer (33) e Jan Koeller (33).

Outra geração de ouro que chega ao fim é a brasileira. A dos históricos campeões mundiais Dida (32), Roberto Carlos (33) e Cafu.

Paraguai e Argentina também contam com jogadores de muita experiência, mas com datas de nascimento que não jogam a favor. “O Paraguai não vai longe na Alemanha porque o técnico (Aníbal Ruiz) não renovou uma equipe com jogadores como Roberto Acuña (34), Carlos Gamarra (35) e José Cardozo (35)”, alertou o já “aposentado” goleiro guarani José Luis Chilavert.

Na Argentina, o goleiro Roberto Abbondanzieri (33) anunciou que desejava pendurar as chuteiras em alto estilo, “disputando uma Copa do Mundo”. O zagueiro Roberto Ayala (33), com três mundiais, mais de cem partidas com a camisa azul e branca, e uma série de contusões que lhe perseguem há algum tempo, poderá imitar Abbondanzieri.

Por uma questão de menor exigência física, os goleiros podem prolongar mais sua vida ativa. Existe uma boa quantidade de arqueiros com mais de 30 anos, como os franceses Fabien Barthez (34) e Gregory Coupet (33), o holandês Erwin Van der Sar (33), o mexicano Oswaldo Sánchez (32), os australianos Mark Schwarzer (33) e Zeljko Kalac (33), o suíço Pascal Zuberbuhler (35) e o alemão Oliver Khan (36), mas tunesino Alí Boumnijel, com seus 40 anos, parece imortal.

O Campeonato Mundial da Alemanha é uma boa oportunidade para os jovens conquistarem prestígio para que consigam, como os astros citados, ir tão longe em suas carreiras.


AFP

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