O senador norte-americano Russ Feingold, um democrata com aspirações à Casa Branca, propôs, ontem, que o Congresso aprove uma moção de censura contra o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, por seu programa de espionagem interna. “Trata-se de um passo incomum, mas o que o presidente fez ao violar consciente e intencionalmente a lei e a Constituição com suas gravações ilegais deve ser respondido”, disse Feingold à rede televisiva ABC.
Segundo uma investigação em curso, a Agência Nacional de Segurança (NSA) espiona desde fins de 2001 e sem ordem judicial telefones e correios eletrônicos de cerca 5 mil suspeitos de terem vínculos com a rede Al-Qaeda, muitos dos quais são cidadãos norte-americanos.
A proposta foi criticada e rejeitada pelos republicanos, partido de Bush, que a desqualificaram por considerá-la uma tentativa de abalar a autoridade do presidente em tempos de guerra. A única vez que o Congresso norte-americano censurou um presidente foi em 1834, quando Andrew Jackson ordenou a transferência das finanças do Estado para um banco privado. A censura não impediu que Jackson continuasse a governar.
Em tempos recentes, o Senado tentou em vão censurar o ex-presidente Bill Clinton em 1999 por mentir ao Congresso ao negar sua relação com a estagiária Monica Lewinsky.
Agência Estado
Senador propõe censura a Bush por espionagem interna
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