Faz 14 anos que uma mulher de pulso forte e atitudes concretas, está a frente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), admirada por uns e rejeitada por outros, a presidente, Rosilene Gomes se diz sempre disposta a enfrentar novas batalhas. Em seu currículo, o fato de ter chefiado a delegação da Seleção Brasileira de Futebol Feminino no Mundial da China, e como ela mesma faz questão de frisar, “a interiorização do futebol na Paraíba”.
Com um discurso tipicamente conciliador, a paraibana que comanda “o esporte dos machões”, em um dos Estados mais tradicionalistas do país, admite que já sofreu preconceito, “já fui vítima de preconceito sim, sei que ainda existem pessoas que, mesmo após estes 14 anos, ainda estranham o fato de uma mulher ocupar a cadeira de presidente da FPF, mas isso só ocorre aqui na Paraíba, no resto do Brasil os outros presidentes encaram isto com naturalidade”, comentou.
Segundo ela, o maior segredo da permanência no cargo é a isenção administrativa sem favorecimento de nenhum clube, “considero a isenção um valor indispensável para dirigir um esporte que é a grande paixão nacional. Acho a interiorização do futebol na Paraíba, outro segredo dessa administração, já que ao longo do tempo tivemos campeões de todo o Estado. É claro que existem equipes mais fortes, mas aqui na Paraíba o campeão é sempre o melhor”, afirmou.
Sobre o cenário atual dos clubes paraibanos, a presidente diz que, “hoje o Treze conseguiu montar uma grande equipe, fato que fez do ‘Galo da Borborema’, uma equipe praticamente imbatível, mas acho que isso se deve ao profundo empenho dos dirigentes e atletas, além de um estudo que resultou em um grupo bastante eficiente”, falou.
“Desde que assumi a presidência da FPF só tenho um clube do coração, que é o Fluminense. Isso já me colocou em situações difíceis pois quando o Fluminense vem jogar na Paraíba, evito até de ir aos estádios, afinal em uma hora como essa acabo torcendo contra minha própria equipe para defender os clubes paraibanos”, revelou.
Quanto a experiência de chefiar a Seleção Brasileira de Futebol Feminino no mundial da China, Rosilene diz que um dos adversários mais terríveis não estava em campo. “Um dos maiores adversários do nosso grupo foi o frio, pelo menos para mim, vocês imaginem o que é uma paraibana encarar um frio daqueles, foi um sofrimento”, admitiu a presidente em meio a risos.
A respeito do futebol feminino no Estado, Rosilene é enfática, “a única coisa que falta para termos um campeonato de futebol feminino na Paraíba, é a criação das equipes, caso isso já tivesse acontecido pode ter certeza que a FPF estaria apoiando imensamente, porém não podemos criar equipes”, desabafou.
O apoio dos familiares, é outro aspecto levantado pela paraibana para permanecer no posto, “minha família é a base das minhas vitórias, ela é a base de tudo, sem eles eu não teria condições de encarar as batalhas que tenho encarado,” afirmou.
“Espero que todos os amantes do futebol na Paraíba acreditem que a seriedade e a honestidade estarão sempre norteando a minha administração, sempre fui e sempre vou ser imparcial, não poderia ser diferente. Torço para que aqueles que vão para os estádios tenham paz nos seus corações, nosso esporte não precisa de violência nem de brigas, torcer é um direito e uma enorme alegria. Futebol não combina com violência”, arrematou Rosilene Gomes, a grande dama do futebol paraibano.
Janildo Silva
ClickPB
Rosilene Gomes: “considero a isenção um valor indispensável para dirig
Presidente da FPF garante estar disposta a novos desafios
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