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Pesquisadores mostram novas tecnologias em evento de educação profissi

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As profissões têm sexo? Este questionamento motivou as professoras Lindamir Salete Casagrande e Marília Gomes de Carvalho, da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UFTPR), a analisar as representações de gênero no mercado de trabalho nos livros didáticos de matemática. Elas buscaram identificar a existência de direcionamento de meninas e meninos para determinadas profissões na passagem do século XX para o XXI. O estudo foi apresentado ontem, 29, aos participantes da 1ª Jornada Nacional da Produção Científica em Educação Profissional e Tecnológica.

Para a pesquisa, as professoras analisaram 18 livros, quatro do início dos anos 1990 e 14 do início da década de 2000, incluídos no Programa Nacional do Livro Didático. Foram analisados enunciados, fotos e ilustrações.

A professora Lindamir explicou que os gêneros masculino e feminino são social e culturalmente construídos e, nos livros estudados, as mulheres são representadas em profissões que podem ser realizadas em ambientes domésticos, como professora, artesã e costureira. Já os homens são profissionais que exercem suas atividades no espaço público, com funções de marceneiro, pintor ou jardineiro. Os homens são apresentados, ainda, no comando de artefatos tecnológicos mais elaborados, como aviões.

Lindamir e Marília não encontraram muitas referências relacionadas à integração entre homens e mulheres no trabalho. Elas identificaram, ainda, a predominância de profissões que requerem pouca escolaridade nos livros de matemática. Outras particularidades foram: as funções desempenhadas pelos homens são reconhecidas como profissão, enquanto que as exercidas pelas mulheres nem sempre; homens e mulheres são representados em papéis dicotomizados; inexistem profissões técnicas e tecnológicas.

Nos dois períodos analisados, houve pouca mudança na forma de representação dos gêneros e ela pode contribuir para a construção de uma imagem distorcida do mercado de trabalho. “Para as equipes responsáveis pela publicação dos livros de matemática as profissões têm sexo e isso pode desestimular as meninas a seguir profissões técnicas e tecnológicas”, afirma.

Geotecnologias

O professor Gláucio Luiz Souto Ribeiro, da Escola Agrotécnica de Ceres (MT), também apresentou seu trabalho. Ele falou da implantação da disciplina de geotecnologias na instituição. Criada há um ano, por recomendação do MEC, ele definiu o processo como desafiador. Novas tecnologias, como os aparelhos de Sistema de Posicionamento Global (GPS), imagens de satélites, cartografia digital e os sistemas de informações geográficas podem ser utilizadas na localização de fazendas, rastreamento de rebanhos, controle de trânsito em áreas livres de doenças impeditivas à exportação, como a febre aftosa e o mal da vaca louca, e na previsão de safras. O uso de imagens de satélites pode também monitorar queimadas, desflorestamentos, pragas e doenças agrícolas.

A disciplina, com 40 horas, tem duas partes: geoprocessamento e sensoriamento remoto. A área tem muito a crescer na escola de Ceres, diz Gláucio. “É preciso ampliar a infra-estrutura do laboratório de informática, capacitar os professores que não têm muitos conhecimentos na área e reduzir resistências”, explica. Faltam recursos importantes na instituição, como equipamentos. “Existe um GPS para cada grupo de cinco alunos.”

Arroz

Na mostra de trabalhos dos alunos, Tâmara Nascimento, 17 anos, exibiu um protótipo de medidor da alvura do arroz. Ela o construiu em parceria com seu colega do curso técnico de eletrônica do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas (RS). Ambos foram orientados pelos professores Miguel Baneiro e Rafael Galli. Tâmara explicou que a medição, feita por meio da reflexão de luz, serve para manter a qualidade do grão produzido nos engenhos. A brancura do arroz é resultado da quantidade de amido do grão, que não pode ser polido por muito tempo.

Se a alvura for baixa, entre 10% e 18%, o arroz cozido será macio e úmido. Se alta, entre 25% e 30%, o grão será firme, seco e solto. O percentual de alvura de um grão de arroz carnaroli é de 51,2% e o do longo fino tipo 1, de 41,2%, explicou Tâmara. O protótipo, construído com material reciclado, como carcaça de computador, acrílico e madeira, tem margem de erro de 2%.

O aparelho poderá ser utilizado por pequenos produtores e industriais sem condição financeira de adquirir um, que custa US$ 5 mil no mercado internacional. O professor Miguel Baneiro disse que em eventos dessa natureza o estudante adquire experiência. “Ele tem oportunidade, ainda, de ser questionado por outros pesquisadores”, contou.

Fonte: MEC

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