A temporada passada não foi ótima para o São Paulo só em campo, com a conquista de três títulos (Paulista, Libertadores e Mundial). Fora dele, o clube festeja os altos números obtidos. O faturamento do Tricolor em 2005 foi de R$ 112 milhões, o maior de toda sua história. O valor será divulgado de forma oficial em abril, no próximo balanço.
A quantia supera o ano de 2003, quando o clube havia somado R$ 95 milhões. A diferença, porém, é que, há três anos, boa parte da receita veio da venda de jogadores, como o meia Kaká, para o Milan (ITA). Cerca de R$ 40,3 milhões foram arrecadados dessa forma. Foi o ano em que mais se arrecadou com negociação de atletas no clube.
Já no ano passado, apenas o zagueiro Rodrigo e o lateral Cicinho deixaram o Sampa, totalizando pouco mais da metade do valor acima e cerca de 20% do faturamento.
“O São Paulo teve um excelente resultado graças às conquistas internacionais. Foi o retorno de um investimento pesado no futebol. Mostra que o desempenho esportivo é importante”, garante Amir Somoggi, responsável pela área de novos negócios da Casual Auditores Independentes.
Só pela conquista da Libertadores e do Mundial de Clubes, o São Paulo arrecadou mais de R$ 20 milhões, além dos valores obtidos com patrocínio, publicidade e cota de televisão, que hoje têm grande representatividade nos clubes nacionais.
“As premiações dos títulos e a bilheteria sempre contribuem para o aumento”, diz o diretor de planejamento, João Paulo de Jesus Lopes.
Apesar do sucesso no faturamento, os valores são bem pequenos se comparados com os dos principais clubes da Europa. O Real Madrid (ESP), com a maior quantia do mundo, faturou R$ 703,8 milhões em 2005, mais de seis vezes mais que Tricolor.
Lancepress
