Em Königstein, normalmente é difícil encontrar muita gente fora de casa a partir das 20 horas. Mas neste domingo, mesmo depois da meia-noite (horário local), as ruas estavam lotadas. Afinal, essa pequena cidade alemã, que tem cerca de 18 mil habitantes e fica a 20 quilômetros de Frankfurt, recebeu o mais ilustre visitante de sua história: a seleção brasileira.
Já usando o ônibus oficial da Copa, a delegação do Brasil entrou em Königstein por volta da meia-noite (horário local), cerca de uma hora depois do previsto. Pouco tempo antes, a seleção tinha desembarcado no aeroporto de Frankfurt, onde foi recebida com flores pelas autoridades da Fifa e do Comitê Organizador do Mundial na Alemanha – mas sem a presença de torcedores.
Depois de fazer sua preparação inicial para a Copa em Weggis, na Suíça, a seleção entra agora na reta final de treinamento para a estréia do dia 13 de junho, contra a Croácia, em Berlim. Mas, antes de desembarcar na Alemanha, o Brasil fez seu último amistoso para o Mundial neste domingo mesmo, goleando a Nova Zelândia por 4 a 0, em Genebra.
Apesar da festa nas ruas, o ônibus da seleção seguiu direto para o Hotel Kempinski, onde a delegação do Brasil ficará concentrada até o dia 16 de junho – depois disso, ela parte para o Castelo Lerbach, na região de Colônia.
O Hotel Kempinski será exclusivo da seleção até o dia 16 de junho – a região onde ele está situado foi cercada por barreiras de segurança. Além disso, os treinos na cidade serão fechados ao público. Tudo para dar privacidade e tranqüilidade aos jogadores e ao técnico Carlos Alberto Parreira.
Ah, eu tô maluco
Mas a população de Königstein não quis saber desse isolamento. Depois de decorar a cidade com bandeiras do Brasil e esperar esse momento por tanto tempo, ela foi às ruas na noite deste domingo para recepcionar o ilustre visitante. Foi uma bonita demonstração da alegria e do orgulho por receber os pentacampeões mundiais.
Na rua do hotel, os moradores pintaram no chão os nomes dos 23 jogadores da seleção – destaque para Ronaldinho Gaúcho, o único escrito com tinta vermelha, enquanto os outros estavam em amarelo. Teve um grupo de alemães que levou alguns instrumentos de percursão e arriscou um samba. E até a Miss Königstein, com coroa e tudo, apareceu na festa.
Na entrada do hotel, iluminado com luzes verde e amarela, os funcionários ficaram todos perfilados, esperando a seleção. E quando o ônibus chegou ao local, eles começaram a cantar “Ah, eu tô maluco”, num bem ensaiado português. A frase refletiu bem o clima em Königstein, que viu suas sempre pacatas ruas serem transformadas deste domingo.
Apesar disso tudo, os jogadores ignoraram a calorosa recepção e buscaram rapidamente o sossego do hotel – ninguém deu entrevista. Nesta segunda-feira, eles terão oportunidade de conhecer a cidade, pois ganharam o dia de folga. Os treinos em Königstein começam apenas na manhã de terça – justamente uma semana antes da estréia na Copa do Mundo.
Fonte: Estadão
Königstein faz festa na chegada da seleção brasileira
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